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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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particípio deve concordar em gênero e número com o sujeito. Esta locução verbal é a marca<br />

principal da voz passiva analítica.<br />

Há como traço de passiva analítica também o agente da passiva: pelo cansaço da rotina e<br />

por seu patrão, normalmente iniciado pela preposição por e, mais raramente, pela preposição<br />

de, como em “Estava acompanhado de alguns amigos.”. Veja mais sobre isso no capítulo de<br />

sintaxe Termos Integrantes da Oração (Agente da Passiva).<br />

No terceiro caso do exemplo do João, ocorre a chamada voz passiva sintética, cuja marca<br />

principal é a presença do pronome apassivador se; não há agente da passiva explícito nessa<br />

voz, em 99,99% dos casos! A melhor maneira de descobrir se o se é apassivador é pela<br />

reescritura <strong>para</strong> a voz passiva analítica:<br />

– Precisamos crer até o fim que se recompensam os esforçados. (voz passiva sintética)<br />

– Precisamos crer até o fim que os esforçados são recompensados. (voz passiva analítica)<br />

Se essa passagem for possível, você nunca mais errará a identificação do se apassivador.<br />

Ah! Por favor, não confunda partícula apassivadora (PA) com partícula de indeterminação<br />

do sujeito (PIS), hein! Note sempre se o verbo é transitivo direto.<br />

– Ainda se vive num mundo de incertezas. (PIS: Num mundo de incertezas é vivido?)<br />

– Ainda se alimenta a esperança. (PA: A esperança ainda é alimentada.)<br />

Percebeu que a reescritura <strong>para</strong> a voz passiva analítica na primeira frase ficou esdrúxula<br />

(<strong>para</strong> não dizer escrota)? “Ah, <strong>Pestana</strong>, mas eu já vi verbo transitivo direto ligado ao se, mas<br />

não era apassivador!” É verdade, mas esse VTD + se (PIS) vem sempre seguido de<br />

preposição, segundo a tradição gramatical:<br />

– Louva-se a Jesus aqui, irmãos! (PIS: A Jesus é louvado?)<br />

Percebeu que a reescritura, de novo, <strong>para</strong> a voz passiva analítica ficou escr... quer dizer...<br />

esdrúxula? É isso aí... prossigamos...<br />

Resumo da ópera: há dois tipos de voz passiva.<br />

1) Voz Passiva Analítica: sua marca principal é, normalmente, a locução verbal formada<br />

por ser/estar/ficar + particípio; dica: as questões de concursos exploram quase sempre a<br />

construção ser + particípio.<br />

– Os resultados da pesquisa foram apresentados pela Instituição.<br />

Obs.¹: Há certas construções de voz passiva analítica com sentido ativo: “É chegada (=<br />

Chegou) a hora.”.<br />

Obs.²: Segundo Celso Cunha, não há voz passiva com verbo no imperativo. Já Domingos<br />

Paschoal Cegalla e Renira Lisboa de Moura Lima não concordam com o Celso,<br />

registrando voz passiva no imperativo, sendo o sujeito paciente um humano: Não seja<br />

guiado por outros! O mais importante: ainda não vi questão alguma sobre essa

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