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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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Emprego dos Numerais<br />

Vejamos algumas regrinhas sobre os numerais:<br />

1) Como bem nos instrui José Maria da Costa, em seu Manual de Redação Profissional, “Há<br />

diversas regras importantes e interessantes <strong>para</strong> a leitura dos numerais e <strong>para</strong> sua escrita<br />

por extenso, como, por exemplo, a que determina a interposição da conjunção e entre as<br />

centenas e as dezenas e entre estas e as unidades. Em decorrência dela é que o número<br />

2.662.385 é lido e escrito por extenso do seguinte modo: dois milhões seiscentos e<br />

sessenta e dois mil trezentos e oitenta e cinco. No caso das consultas, o mais lógico é<br />

pensar, por primeiro, na existência de um modo mais conceitual e apurado de dizer e<br />

escrever: a) 83,47%: oitenta e três inteiros e quarenta e sete centésimos por cento; b)<br />

0,3%: três décimos por cento. A par desse modo mais clássico, também se posta outro<br />

mais simples, direto e igualmente correto: a) oitenta e três vírgula quarenta e sete por<br />

cento; b) zero vírgula três por cento”. Adendo meu: não se emprega a conjunção “e” entre<br />

os milhares e as centenas, exceto quando o número terminar em uma centena com dois<br />

zeros: “O ano 1500 (mil e quinhentos) foi decisivo.”.<br />

Ainda nos ajudando, Thaís Nicoleti diz: “A leitura dos ordinais não oferece dificuldade até<br />

que se chegue aos números com três, quatro ou mais algarismos. Como ler o ordinal 887 o , por<br />

exemplo? Octingentésimo octogésimo sétimo. Se, entretanto, o número em questão ultrapassar<br />

2.000, o primeiro algarismo será lido como cardinal. Dois milésimo trecentésimo<br />

quadragésimo quinto é a leitura correta de 2.345 o , conforme a tradição do idioma. Quando o<br />

número é redondo, costumamos empregar somente o ordinal (2.000 o lê-se como segundo<br />

milésimo).”.<br />

O gramático Cegalla não recomenda o uso das vírgulas <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r os numerais escritos<br />

por extenso tampouco os principais manuais de redação. Já Celso Cunha nada diz a respeito,<br />

mas grafa com vírgulas a se<strong>para</strong>ção.<br />

2) Na designação de soberanos (reis, príncipes, imperadores), papas, séculos, livros e<br />

partes de uma obra (capítulo, parágrafo, tomo etc.), quando o numeral é posposto ao<br />

substantivo, usam-se os numerais ordinais até décimo. Daí em diante, devem-se empregar<br />

os cardinais. Se estiver anteposto, o ordinal é obrigatório.<br />

– Ao papa Paulo VI (sexto) sucedeu João Paulo II (segundo). Tempos depois chegou o<br />

papa Bento XVI (dezesseis).<br />

– No século XIX (dezenove), a Revolução Industrial revolucionou o mundo.<br />

– Este é o livro 10 o (décimo) da minha coleção.<br />

– O rei Luís XV (quinze) e o rei Henrique IV (quarto) marcaram seus séculos.<br />

– No capítulo III (terceiro) do livro de Lucas, há uma passagem interessante.

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