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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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4. A apreciação: Eu acho que a literatura brasileira contemporânea é indefinível.<br />

5. A obrigação: A literatura brasileira contemporânea tem de ser definida.<br />

6. A possibilidade: É possível que a literatura brasileira contemporânea seja indefinível.<br />

7. O desejo: Eu gostaria que a literatura brasileira contemporânea fosse indefinível.<br />

8. A exigência: Eu exijo que a literatura brasileira contemporânea seja indefinível.<br />

9. A declaração: Eu declaro que a literatura brasileira contemporânea é indefinível.<br />

10. A confirmação: Eu garanto que a literatura brasileira contemporânea é indefinível.<br />

Observe como as expressões de modalização destacadas modificam completamente o<br />

sentido da afirmação “a literatura brasileira contemporânea é indefinível”. Em todas essas<br />

formas, é possível deixar o enunciado menos carregado de subjetividade, apagando as<br />

marcas do eu, ou seja, de quem expressa a opinião. Assim, em vez de dizer “Eu constato que<br />

a literatura brasileira contemporânea é indefinível.”, pode-se dizer “Constata-se que a<br />

literatura brasileira contemporânea é indefinível”. Note como, no segundo caso, a expressão<br />

da opinião assume tom mais generalizado, não recaindo exclusivamente sobre o eu. É o que<br />

chamamos de neutralizar a expressão subjetiva. Em um texto argumentativo, você pode<br />

optar entre modalizações mais subjetivas ou objetivas, de acordo com o tipo de<br />

argumentação que pretende construir (apelando mais <strong>para</strong> a razão ou <strong>para</strong> a emoção).”<br />

Friso que é mais elegante e menos impositivo um texto dissertativo na 3 a pessoa, sem marcas<br />

de pessoalidade (marcas de 1 a pessoa).<br />

Ah! Leve em conta que tais verbos modalizadores apresentam sinônimos, logo não são fixos.<br />

A dissertação apresenta verbos predominantemente no presente, pois tal tempo marca uma<br />

ideia de verdade. É chamado por alguns estudiosos de tempo do mundo comentado, pois<br />

normalmente os comentários e as opiniões das pessoas são apresentados como verdade (ou<br />

tomados como tal). Daí o uso do presente do indicativo.<br />

Veja agora outro tipo de texto:<br />

Numa noite chuvosa do mês de Agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua maliluminada<br />

que conduzia à sua residência. Tinham feito uma longa caminhada, porque a rua<br />

era grande. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam,<br />

atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um<br />

assalto. Jamais tremeriam de medo, senão naquela circunstância inusitada. Era,<br />

entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua<br />

casa.<br />

Note que a narração é um estilo de texto que visa contar um fato, com narrador,<br />

personagens, noção espaço/tempo, enredo etc. Para tal, os verbos se encontram normalmente<br />

nos tempos pretéritos do indicativo, pois as narrações normalmente remetem a fatos que já

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