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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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“polêmica”.<br />

Obs.³: Só tome cuidado com a locução verbal de tempo composto (ter/haver + particípio),<br />

pois, na voz passiva analítica, ela será construída assim: ter/haver + sido + particípio:<br />

João tinha sido baleado por bandidos num assalto.<br />

2) Voz Passiva Sintética (ou Pronominal): sua marca principal é o verbo transitivo direto<br />

(VTD) ou transitivo direto e indireto (VTDI) acompanhado do pronome apassivador<br />

se; o sujeito sempre vem explícito, e o verbo concorda com ele em número e pessoa.<br />

– Apresentaram-se os resultados da pesquisa.<br />

– Apresentaram-se os resultados da pesquisa aos clientes.<br />

Por exemplo, se eu dissesse “Apresentou-se os resultados da pesquisa.”, tal construção não<br />

estaria de acordo com o registro culto da língua, pois o sujeito está no plural (os<br />

resultados da pesquisa)... Logo, o verbo tem de figurar no plural!<br />

Só o Bechara discorda disso, entre os gramáticos tredicionais. Veja o capítulo 19 (em<br />

sujeito indeterminado).<br />

Obs.: Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico), vacinar-se são<br />

geralmente considerados passivos pronominais (voz passiva pronominal). O pronome<br />

apassivador, nesses casos excepcionais, assume formas de 1 a e 2 a pessoas: Batizei-me<br />

aqui. (Fui batizado aqui.) / Chamas-te Maria? (É chamada de Maria?)<br />

Palavra final: Alguns gramáticos, como Hildebrando André, dizem haver um 3 o tipo de voz<br />

passiva, com a construção adjetivo + de + verbo no infinitivo: “Isso é fácil de entender (= de<br />

ser entendido).”, ou em frases como esta: “Ela vai dar a mão a beijar (= <strong>para</strong> ser beijada).”.<br />

Cândido Jucá Filho, por sua vez, diz que o verbo no infinitivo constitui voz ativa, devendo ser<br />

interpretada a construção da seguinte maneira: “Isso é fácil de (alguém) entender.” e também<br />

“Ela vai dar a mão <strong>para</strong> (alguém) beijar.”. Não me odeie pelas polêmicas... a culpa não é<br />

minha.<br />

Transposição de Vozes<br />

A mudança/transposição de voz ativa <strong>para</strong> passiva (e vice-versa) depende de alguns<br />

procedimentos.<br />

Antes de qualquer coisa, costuma-se dizer que voz ativa e voz passiva são nada mais, nada<br />

menos que duas maneiras sintaticamente diversas de dizer a mesma coisa. Há casos, porém,<br />

em que a voz passiva é semanticamente distinta da voz ativa, contrariando a ideia de que a<br />

transformação de uma em outra também não altera o sentido. Pode ser que altere, sim!<br />

Uma frase como “Todo o Brasil viu Ayrton Senna morto.” tem sentido diferente do da sua<br />

correspondente passiva: “Ayrton Senna foi visto morto por todo o Brasil.”, uma vez que “por

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