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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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tem noção de...”.<br />

Tanto ela quanto ele só gostam de quem gosta deles.<br />

O verbo gostar da oração principal exige igualmente um complemento preposicionado, que,<br />

neste caso, é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta justaposta. Quem gosta...<br />

gosta de...<br />

Saiba que, se os “homens da banca” quiserem derrubá-lo, vão elaborar questões com<br />

esses... digamos... “detalhes”... Todo cuidado é pouco a partir de agora! Leia atentamente!<br />

1) É importante dizer que, se um verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir a<br />

presença de uma preposição, esta ficará obrigatoriamente antes do pronome relativo.<br />

– O filho, por quem a mãe tinha admiração, era honesto.<br />

– O dinheiro de que a Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro dispõe não<br />

pagará as despesas vultosas e crescentes.<br />

– Informo que os cursos a respeito das principais bancas, às quais fiz menção nas<br />

últimas aulas, estão na pasta B.<br />

– “Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo.” (<strong>Fernando</strong> Pessoa)<br />

– A tese contra a qual opusemos argumentos era a de que a beleza não põe mesa.<br />

2) Acho superválido dizer também que alguns nomes e verbos, com regências diferentes,<br />

podem reger o mesmo complemento. Só que isso é polêmico... A maioria dos gramáticos<br />

tradicionais diz que nomes de regências diferentes NÃO podem ter um só complemento.<br />

Enfim, veja os exemplos a seguir <strong>para</strong> ficar mais claro:<br />

Pedro e Larissa assistiram e gostaram da sessão de cinema.<br />

Saiba que o verbo assistir (no sentido de ver) rege um complemento pela preposição a, e<br />

que o verbo gostar o faz pela preposição de. Logo, se cada verbo tem sua maneira própria<br />

de reger um complemento, é preciso haver um complemento <strong>para</strong> cada verbo – dizem as<br />

gramáticas mais tradicionais. Em outras palavras, tradicionalmente, a frase acima deveria<br />

estar escrita assim:<br />

Pedro e Larissa assistiram à sessão de cinema e gostaram dela.<br />

Não obstante, Bechara e Cegalla, por exemplo, pensam diferente. Veja o que Cegalla diz:<br />

“Por concisão, pode-se... dar um complemento comum a verbos (e mais à frente ele fala o<br />

mesmo sobre os nomes) de regência diferente.”. Daí, segue o exemplo dele: “Os devotos<br />

entravam e saíam da igreja [Em vez de: Os devotos entravam na igreja e saíam dela]”.<br />

Com essas palavras concluímos que, na hora da prova, como as bancas de concursos<br />

públicos não costumam divulgar bibliografia, devemos observar bem a questão, analisar<br />

todas as alternativas e, se figurar alguma com a visão “não ortodoxa” e alguma com a

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