25.04.2017 Views

A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

apesar de correta, por isso é comum ocorrer o deslocamento da preposição <strong>para</strong> antes do<br />

referente: “Do que mais gosto é ver filme.”.<br />

Bechara diz algo muito importante: “... omite-se a preposição que pertence a rigor ao<br />

relativo, em virtude de já ter o seu antecedente a mesma preposição: ‘Você só gosta das<br />

coisas que não deve (gostar)’ por: das coisas de que não deve (gostar)”.<br />

4) É notório hoje em dia o uso não atento às normas gramaticais do pronome relativo. Por<br />

isso, faz-se necessário aos que se preocupam com as normas o conhecimento do registro<br />

formal.<br />

– Este é o livro que o autor é excelente. (LINGUAGEM COLOQUIAL)<br />

– Este é o livro cujo autor é excelente. (LINGUAGEM CULTA)<br />

Pelamordedeus! Não se substitui cujo por que! Isso já foi questão de prova algumas vezes.<br />

Veja a prova disso:<br />

11. (FEC – LOTERJ/RJ – Auditor – 2010) Quando se emprega o relativo “cujo”, como fez o autor em “como naqueles<br />

comerciais de um refrigerante cujo nome me recuso a declinar” (§ 5), deve-se obedecer à orientação observada em<br />

todas as alternativas a seguir, EXCETO aquela em que se diz que o referido pronome:<br />

a) admite, na língua escrita culta, substituição pelo pronome “que”. (GABARITO)<br />

5) A expressão queísmo já se popularizou. Trata-se de uma repetição viciosa do vocábulo<br />

que, principalmente do pronome relativo, ou do seu uso desnecessário: “O carro que eu<br />

comprei na concessionária que eu encontrei meu amigo que trabalhava lá era bom.” / “O<br />

aluno que foi aprovado ficou satisfeito.”. Veja como ficariam mais concisas e claras tais<br />

frases: “Comprei um bom carro em cuja concessionária meu amigo trabalhava.” / “O<br />

aluno aprovado ficou satisfeito.”.<br />

Segundo a redação do competente site www.portugueshoje.com.br, há algumas maneiras de<br />

evitar determinadas construções com o vicioso pronome relativo que.<br />

a) Substituição da oração adjetiva por substantivos seguidos de complemento.<br />

– O jornalista, que redigiu a matéria sobre as eleições presidenciais, foi bastante<br />

tendencioso.<br />

– O jornalista, autor da matéria sobre as eleições presidenciais, foi bastante<br />

tendencioso.<br />

b) Substituição por adjetivo.<br />

– A política no Brasil é constituída por políticos que não são honestos.<br />

– A política no Brasil é constituída por políticos desonestos.<br />

c) Substituição da oração desenvolvida por uma oração reduzida de gerúndio.<br />

– Publicou-se um relatório que denuncia a corrupção no governo.<br />

– Publicou-se um relatório denunciando a corrupção no governo.<br />

d) Substituição da oração desenvolvida por uma oração reduzida de particípio.<br />

– Soube-se da corrupção no governo através de uma reportagem que foi publicada

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!