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A Gramatica para Concursos - Fernando Pestana

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gramáticos (como Adriano da Gama Kury, Bechara, Said Ali e Ulisses Infante)<br />

consideram o quem (nos casos abaixo) como um mero pronome indefinido e a oração<br />

iniciada por ele como substantiva; outros consideram que o quem equivale a aquele que,<br />

sendo um relativo sem antecedente (como Rocha Lima e Celso Cunha) e a oração iniciada<br />

por ele como adjetiva. Não encontrei até hoje sequer uma questão sobre isso em prova de<br />

concurso. Para<br />

mim, é um pronome indefinido, mas, ao pre<strong>para</strong>r um recurso, minha opinião não serve de<br />

nada, mas sim a dos gramáticos que constantemente cito.<br />

– Quem lê sabe mais.<br />

– Quem despreza a razão odeia a si mesmo.<br />

– A vingança era quem o impelia.<br />

3) É importante dizer que o quem pode ser também pronome interrogativo em outro<br />

contexto: “Quem é você?”.<br />

Cujo<br />

• É um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre dois nomes substantivos explícitos,<br />

entre o ser possuidor (antecedente) e o ser possuído (consequente).<br />

• É variável, logo concorda em gênero e número com o nome consequente, o qual<br />

geralmente difere do antecedente.<br />

• Nunca vem precedido ou seguido de artigo, é por isso que não há crase antes dele.<br />

• Geralmente exprime valor semântico de posse.<br />

• Equivale à preposição de + antecedente, se invertida a ordem dos termos.<br />

– O Flamengo, cujo passado é glorioso, continua alegrando. (O passado do Flamengo...)<br />

– Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. (... contra os males da doença)<br />

– Vi o filme a cujas cenas você se referiu. (... às cenas do filme)<br />

– O telefone, cuja invenção ajudou a sociedade, é útil. (A invenção do telefone...)*<br />

– O registro formal, em que o grau de prudência é máximo, e cujo conteúdo é mais<br />

elaborado e complexo é o preferido dos professores de língua portuguesa. (... o conteúdo<br />

do registro formal...)<br />

Obs.: *Aqui não há relação de posse, mas sim valor passivo. Os gramáticos que corroboram<br />

esta análise são estes: Maria Helena de Moura Neves e Ulisses Infante. Por isso, neste<br />

caso, ele é analisado sintaticamente como complemento nominal. Falo mais sobre isso<br />

no capítulo 23.<br />

QUANTO

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