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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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As mulheres ouvem, desde a mais tenra<br />

infância, que de sua aparência depende<br />

tudo. As tarefas civilizadoras são tipicamente<br />

masculinas. Ensinam-lhes que<br />

ela deve ter carne: ancas, pernas, seios.<br />

Convenceram-na de que, se for mais bonita,<br />

não será mais ninguém. [...] Por que<br />

a dignidade que envolve a maturidade e<br />

envelhecimento do homem não funciona<br />

da mesma maneira para a mulher? O homem<br />

pode perder os dentes, cobrir-se de<br />

rugas, tornar-se careca. Todos que o respeitam<br />

nem sequer notarão essa decadência<br />

física. O homem é o que produziu.<br />

É o sujeito da história. Foi ele que criou os<br />

valores desta civilização masculina. Ele,<br />

portanto, determina os parâmetros da utilização<br />

da mulher. Esta, reduzida ao seu<br />

corpo, sofre um processo rápido de desvalorização.<br />

(STUDART, 1974, p. 32-34).<br />

112<br />

Figura 1 - Reprodução parcial de um anúncio de venda de amortecedor de carro<br />

Fonte: Studart, 1974, p. 29.<br />

No livro, também, a autora reproduz parcialmente um<br />

anúncio (Fig. 1) publicado na imprensa brasileira da época,<br />

que mostra uma mulher seminua (apenas o corpo, todavia,<br />

pois o rosto foi cortado) com uma pose sugestiva em frente<br />

a uma câmera. O anúncio diz “Para fazer amortecedor nesta<br />

terra você tem que rebolar”.<br />

Embora o livro seja de 1974, o assunto por ele abordado<br />

continua atual. O processo de mudança do pensamento

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