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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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cedente ao segmento em foco e o contexto seguinte, e fatores extralinguísticos (sociais), como<br />

sexo e escolaridade, influenciam esse apagamento. Dessa forma, será possível responder<br />

quem costuma apagar mais o fonema /r/ nos verbos no infinitivo: os meninos ou as meninas?<br />

Os alunos alfabetizados ou os não alfabetizados? E em quais verbos esse apagamento é mais<br />

frequente: nos da 1ª, da 2ª ou da 3ª conjugação? O que mais influencia o apagamento: o contexto<br />

seguinte ou a ausência dele?<br />

Para a realização desta investigação, partiu-se da hipótese geral de que o apagamento<br />

do fonema /r/ pós-vocálico nos verbos no infinitivo é crescente e majoritário, pois, conforme<br />

Costa (2013, p. 1), que investigou estudantes de 2ª a 4ª série do Ensino Fundamental de uma<br />

escola pública da cidade de Catu (BA),as pesquisas de cunho sociolinguístico que trataram<br />

da realização variável do /r/ demonstraram que em posição final de vocábulo, o zero fonético<br />

é uma das variantes mais produtivas para o rótico, acontecendo majoritariamente em todas as<br />

regiões pesquisadas e sem marca de classe social.<br />

Acredita-se também, tomando como base ainda a pesquisa de Costa (2013), que a<br />

aplicação da regra de apagamento do fonema /r/ seja mais frequente entre as crianças com<br />

menor grau de escolaridade e entre as do sexo masculino, uma vez que o fator sexo masculino,<br />

com peso relativo 0,65, mostrou favorável ao apagamento, enquanto o fator sexo feminino, com<br />

peso relativo 0,35, revelou-se pouco favorável.<br />

No que diz respeito às variáveis linguísticas, pressupõem-se, ainda a partir de Costa<br />

(2013), que o contexto vocálico precedente favorecedor do apagamento do fonema /r/ nos<br />

verbos no infinitivo seja a vogal “i”, que obteve peso relativo 0,64 na referida pesquisa. Já no<br />

que tange ao contexto seguinte ao segmento em foco, acredita-se que o fator menos favorável<br />

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