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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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Analisando-se a Tabela 3, verifica-se que, como já foi dito, foram os informantes do sexo<br />

masculino que mais apagaram o fonema /r/ no final de verbos no infinitivo, o que ocorreu em<br />

230 das 231 ocorrências, o que equivale a 99,5% dos casos. Já as informantes do sexo feminino<br />

apagaram o fonema /r/ em 323 das 327 ocorrências, o que equivale a 98,8%, mostrando-se<br />

um pouco mais conservadoras do que os meninos, como já havia sido verificado por Labov<br />

(1972) e Callou (1979).<br />

Resultado semelhante foi obtido também por Costa (2013), a qual também identificou<br />

que os meninos apagaram mais o fonema /r/ no final de verbos no infinitivo do que as meninas,<br />

pois, enquanto o fator sexo masculino, com peso relativo 0,65, mostrou-se favorável para o apagamento<br />

(287/468, o que equivale a 61%), o fator sexo feminino mostrou-se pouco favorável,<br />

com peso relativo 0,35 (195/489, o que equivale a 39%).<br />

A Tabela 4, a seguir, mostra os resultados obtidos nesta pesquisa com relação à variável<br />

escolaridade, que também não foi selecionada como relevante estatisticamente para o<br />

apagamento do fonema /r/ no final de verbos no infinitivo. Observando-se a tabela, é possível<br />

notar que, embora a proximidade entre os resultados obtidos para os três fatores seja muito<br />

próxima (1º ano - 98,8%; 2º ano -100%; 3º ano – 98%), foram as crianças do 3º ano do Ensino<br />

Fundamental que apagaram menos o fonema /r/ no final dos verbos, o que confirma a hipótese<br />

inicial de que, à medida que o processo de alfabetização avança, há maior incidência do uso<br />

do /r/ em função do contato com a escrita.<br />

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