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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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egar, em si, percepções preconceituosas que, quando entram em choque com questões de<br />

gênero e sexualidade, como é o caso aqui, passam a desenvolver disputas em uma semiosfera<br />

(LOTMAN, 1996) singular.<br />

Com estas cibersociabilidades, propulsoras de semioses, desenvolvidas em sites de<br />

redes sociais, começa a entrar em ruptura o modelo em que a publicidade e propaganda planejava<br />

e prescrevia como o ser humano deveria ser, pois as críticas relacionadas a cultura imposta<br />

pela mídia também foi potencializada nestes espaços. A discussão em torno do posicionamento<br />

das marcas ganhou novos contornos através das plataformas de interação, criando<br />

um ambiente em que o consumidor pode discutir e interagir através da quebra de paradigmas.<br />

Por isso, um vídeo veiculado primeiro no YouTube e depois na televisão, passou a movimentar<br />

sentidos controversos, que traçaram disputas, que geraram um ciberacontecimento, criando<br />

uma ruptura semiosférica, pois nunca antes um anúncio havia motorizado sentidos em torno<br />

dos gêneros nesta dimensão em sites de redes sociais no Brasil.<br />

A teoria dos ciberacontecimentos, alinhada as perspectivas de gênero e sexualidade,<br />

permite, portanto, visualizar os campos problemáticos que acompanham a sociedade e como<br />

ela incorpora estas questões e passa a lidar com elas. Aos poucos, corpos marginalizados,<br />

fora de uma matriz heteronormativa, tem conquistado espaços sociais através de, entre outras,<br />

disputas simbólicas que são travas em sites de redes sociais. O uso do termo sambando na<br />

cara da sociedade, da matéria do UOL, demonstra como os signos inaugurados fora daquilo<br />

que se é imposto como normal podem romper barreiras e serem apropriados pela publicidade<br />

e propaganda (LUPETTI, 2009) e pelo jornalismo.<br />

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