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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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“choronas” e meninos como “briguentos” como se esses atributos lançados às crianças fossem<br />

algo inato e estampado no sujeito de acordo com seu gênero. Nessa perspectiva, Louro (1997,<br />

p. 27) enfatiza que<br />

O que importa [...] considerar é que – tanto na dinâmica do gênero como na<br />

dinâmica da sexualidade – as identidades são sempre construídas, elas não<br />

são dadas ou acabadas num determinado momento. Não é possível fixar um<br />

momento – seja o nascimento, a adolescência ou a maturidade – que possa ser<br />

tomado como aquele em que a identidade sexual e/ou a identidade de gênero<br />

seja “assentada” ou estabelecida. As identidades estão sempre se construindo,<br />

elas são instáveis e, portanto, passíveis de transformação.<br />

Quando a P3 destaca que meninos não permitem que meninas participem de certas<br />

brincadeiras, mas que, ao mesmo tempo, demonstram curiosidade pelas brincadeiras “das<br />

meninas”, nota-se que as crianças da Educação Infantil, muitas vezes, não se permitem brincar<br />

de maneira integrada e nem partilhar, meninos e meninas, das mesmas brincadeiras, mesmo<br />

que demonstrem vontade de experimentar diferentes brinquedos. No entanto, uma vez que<br />

a escola busca (ou deva buscar) o desenvolvimento integral dos sujeitos, nela deve ocorrer,<br />

de forma permanente, a compreensão de que há muitas maneiras de vivenciar os gêneros.<br />

No ambiente escolar, torna-se imprescindível a criação de possibilidades para que meninos<br />

e meninas possam brincar juntos. Mesmo que se trate de crianças pequenas, é de extrema<br />

relevância, nas turmas de Educação Infantil, “questionar e discutir o determinismo social dos<br />

gêneros” (FELIPE e GUIZZO, 2008, p. 37).<br />

A P5 destaca o fato de meninas serem “vaidosas”, gostarem de se “arrumar” e, aí, percebe-se<br />

a maneira como meninas assumem papéis e posturas hegemônicas de acordo com<br />

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