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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica,<br />

voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já<br />

se pode falar agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões<br />

sociológicas, políticas, epistemológicas. [...]Nessa perspectiva, o currículo é<br />

considerado um artefato social e cultural. [...] O currículo está implicado em<br />

relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas,<br />

o currículo produz identidades individuais e sociais particulares (p. 7 – 8).<br />

Silva (ibidem), também sobre o currículo, lança a seguinte questão: “Que forças fazem<br />

com que o currículo oficial seja hegemônico e que forças fazem com que esse currículo aja<br />

para produzir identidades sociais que ajudam a prolongar as relações de poder existentes?” (p.<br />

29 – 30). A essa questão, o autor considera que se faz necessário reconhecer que o currículo,<br />

através de inúmeros atos cotidianos na escola, expressões e rituais, é composto por complexas<br />

relações de poder – o que não pode ser negligenciado. Nesse delineamento, o autor também<br />

discute o conceito de currículo oculto, que é um conceito<br />

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[...] criado para se refletir àqueles aspectos da experiência educacional não explicitado<br />

no currículo oficial, formal, [e] tem sido central na teorização curricular crítica. Apesar<br />

de certa banalização decorrente de sua utilização frequente e fácil, ele continua importante<br />

na tarefa de compreender o papel do currículo na produção de determinados<br />

tipos de personalidade (SILVA, 1999, p. 31).<br />

Portanto, mesmo que não esteja explicitada no currículo formal a questão das decorações<br />

e interferências no ambiente escolar e dos discursos dos educadores que contribuem<br />

para a educação (formatação) das crianças, faz-se necessário que tais aspectos sejam considerados<br />

partes fundamentais do currículo. Quando as professoras das crianças ainda na<br />

primeira infância afirmam que não diferenciam meninas e meninos através das decorações da

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