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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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ante, houve apagamento em 99,6% (em 231 das 232 ocorrências), como em “o menino vai cuidar<br />

do sapo”. Assim, o contexto mesmo favorecedor para o apagamento foi a vogal com apagamento<br />

em 173 das 177 ocorrências, o que equivale a 97,7%, como em “o sapo vai comer a comida”.<br />

Esse resultado difere do obtido por Dias (2003), que identificou 100% de apagamento<br />

quando o contexto seguinte era uma vogal ou uma pausa e 87% de apagamento quando era<br />

uma consoante. Resultado semelhante ao de Dias (2003) já tinha sido obtido por Bertani (1998),<br />

em pesquisa realizada em Porto Alegre, na qual a vogal tinha aparecido como favorecendo o<br />

apagamento do /r/ em maior proporção do que as consoantes e a pausa.<br />

No que tange às variáveis sociais, os resultados de uma pesquisa realizada por Dinah<br />

Callou (1979) revelaram que a tendência geral do apagamento do fonema /r/ é liderada<br />

pelas mulheres. William Labov (1972) também já afirmou anteriormente a tendência do grupo<br />

feminino ser mais conservador perante as mudanças linguísticas. Assim, com base nessas<br />

pesquisas, a hipótese inicial deste trabalho confirmou-se, como pode ser visto na Tabela 3,<br />

embora nenhuma das variáveis sociais tenha sido considerada relevante estatisticamente para<br />

o apagamento do fonema /r/ no final de verbos no infinitivo e embora a diferença entre os dois<br />

grupos tenha sido bem baixa.<br />

584<br />

Tabela 3: Sexo<br />

Fatores Aplicação/Total Percentagem<br />

Sexo feminino 323/327 98.8%<br />

Sexo masculino 230/231 99.5%<br />

Total 553/558 98.1%<br />

Fonte: Elaborado pelos autores

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