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FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015

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Durante a escolha dos brinquedos representados através das imagens, as crianças<br />

trouxeram discursos que retrata a infância generificada que temos na contemporaneidade e a<br />

contribuição da mídia na construção dessa infância:<br />

“Ele gosta do Max Steel porque ele é menino.” (menino, 3 anos de idade, D.C.<br />

26/08/2014.<br />

“Ela tem que gostar da Barbie sereia porque ela é menina também. A TV da minha<br />

mãe diz que é de menina.” (menina, 3 anos de idade, D.C. 26/08/2014).<br />

“O menino não pode pegar a Barbie Sereia.” (menino, 3 anos de idade,<br />

D.C.26/08/2014).<br />

434<br />

A partir desses dados, somos interpelados a refletir sobre os modos de representação<br />

do que é “masculino” e do que é “feminino” através da publicidade televisiva para as crianças.<br />

Percebe-se que cada um dos gêneros carrega, nessas representações, oposição e polaridade.<br />

As meninas aprendem a “gostar” e a se identificar com imagens que carregam significados<br />

sobre a beleza hegemônica, à meiguice, à fragilidade, a um mundo cor-de-rosa. Meninos são<br />

convidados a entrar em um mundo de ação, aventura e coragem. Mas o fato mais saliente<br />

nesse contexto “é que a maioria dos atributos presentes em um gênero está excluída automaticamente<br />

de outro” (AUAD, 2012, p. 22).<br />

Nessa perspectiva, apontamos que os estudos sobre o gênero devem ir além da discussão<br />

de papéis e funções do homem e da mulher e como esses são representados na

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