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Flüchtlinge und das ‚Aushandeln

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front, que traduz ao mesmo tempo sua experiência pessoal e o drama humano<br />

universal; embora seguindo uma ordem diversa de composição, a prof<strong>und</strong>idade<br />

de expressão dos personagens, acentuada pela incisão enérgica na madeira,<br />

este trabalho faz referência à gravura Povo, da série Guerra de Käthe Kollwitz; da<br />

mesma forma como a artista retrata o outro lado da guerra, o de suas vítimas, a<br />

visão de Carlos Scliar, sintetizada em seus Soldados, resume a dimensão humana,<br />

a miséria da guerra, que nada tem a ver com louvor ao heroísmo do realismo<br />

socialista ou com a ácida crítica de Grosz ou Dix. Em 1949, em Paris, entra<br />

em contato com a Associação Latino-Americana; o artista mexicano Leopoldo<br />

Méndez, idealizador do Taller de Gráfica Popular, muito o influenciaria, não só<br />

em sua obra como também, pouco mais tarde, na f<strong>und</strong>ação dos Clubes de Gravura<br />

no Brasil; essa influência faz se sentir nas gravuras do álbum Les Chemins de<br />

Faim, ilustrações para a edição francesa do livro Seara Vermelha, de Jorge Amado.<br />

De volta ao Brasil, em 1950, Scliar f<strong>und</strong>a a revista Horizonte, um fórum de<br />

idéias e espaço para divulgação de obras de artistas gaúchos com postura crítico-social;<br />

entre estes, as obras de Käthe Kollwitz merecem grande destaque,<br />

tendo sido publica<strong>das</strong> diversas vezes, como ilustrações ou até mesmo como<br />

capa da revista; paralelamente à revista, Scliar f<strong>und</strong>a o Clube de Gravura de Porto<br />

Alegre, inspirado na experiência do Taller de Gráfica Popular; as obras produzi<strong>das</strong><br />

pelos artistas do clube possibilitavam o financiamento de Horizonte; um dos números<br />

da revista, de 1951, traz como capa uma gravura de Scliar que representa<br />

uma demonstração popular pela paz, onde a expressão da massa humana<br />

condensada em bloco, mobilizada num objetivo comum, leva mais uma vez a<br />

pensar na Marcha dos Tecelões de Käthe Kollwitz como possível ponto de partida.<br />

A iniciativa de trabalho gráfico em grupo, graças à facilidade de contatos de<br />

Scliar com artistas de outros centros, foi transportada, no início dos anos 50,<br />

para outras cidades, tais como São Paulo, Rio, Santos e Recife. Assim, também<br />

através de Horizonte, que era o órgão de divulgação do Clube de Gravura de<br />

Porto Alegre, muitos artistas brasileiros foram ao mesmo tempo estimulados para<br />

a produção na área da gravura, e entraram em contato com a obra de Kollwitz.<br />

Entre os próprios gaúchos destaque-se Vasco Prado (*1914), cuja ilustração<br />

Para que nossos jovens não morram na Coréia, também publicada em Horizonte<br />

remete ao desenho preparatório para a gravura Campo de Batalha de Käthe<br />

Kollwitz, no que se refere à temática e na construção da composição.<br />

Em São Paulo, também no decênio de 1940, emerge um grupo de jovens que<br />

se dedicou à pesquisa do expressionismo, como tendência artística e plástica. São<br />

eles: Luis Sacilotto, Luis Andreatini, Marcelo Grassmann e Otávio Araujo. Sem<br />

dúvida, conheciam Käthe Kollwitz pois, como freqüentadores da Seção de Arte<br />

da Biblioteca Municipal de São Paulo, tiveram acesso, nesta época, à ampla e<br />

atualizada bibliografia especializada em arte moderna. Esta seção foi criada em<br />

1945, pelo crítico Sergio Milliet, reunindo livros, catálogos, revistas e outros periódicos,<br />

além de ilustrações. Mas já antes, desde 1942, a bibliografia e iconografia<br />

estava sendo reunida. Estes jovens, com o apoio de Carlos Scliar, expõem no Rio<br />

de Janeiro já em 1944 na União Cultural Brasil – Estados Unidos. Além do grupo<br />

expressionista uma nova geração com interesse predominantemente social afirma-se<br />

com a exposição dos „19 Pintores“, cuja fonte de referência também era o<br />

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