Flüchtlinge und das ‚Aushandeln

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Sem dúvida esta tradição merece uma pesquisa mais aprofundada. Mas parece
justificado falar de uma continuidade, senão de uma tradição própria, sobretudo
pelo fato que o pioneiro desta corrente, Humberto Mauro, escreveu também
os diálogos em tupi e que todos os seis filmes são adaptações de textos literários,
sejam crônicas históricas ou romances modernos que enfocam o tema da identidade
cultural e lingüística de um Brasil com raízes tupi-indígenas.
3. Hans Staden: A versão fílmica do texto narrativo
Esperamos ter colocado devidamente no seu contexto literário-cinematográfico
o projeto de Luiz Alberto Pereira, propondo também uma explicação da atualidade
e do interesse que correspondem à crônica ‚antropófaga‘ de Staden precisamente
no Brasil do ano 2000. A seguir trataremos, pois, de abordar a análise
da transformação do texto narrativo em filme.
O primeiro que salta à vista comparando o texto e as suas ilustrações com o filme,
é que efetivamente se chegou a uma máxima conformidade entre o documento de
origem e a sua interpretação pelo novo meio. A partir do momento quando Staden
cai nas mãos dos Tupiunambás, junto com o seu criado índio (cap. 18), até sua volta
no barco francês (cap. 52), a matéria textual é transformada quase integramente em
cenário, ação e diálogos. Somente 9 dos 36 capítulos desta seqüência (caps. 19-20,
32, 38, 40, 44-46, 48), não são objeto de uma realização direta. 13 Mas esta perda não
prejudica em absoluto a ‚unidade da ação‘ no sentido aristotélico. Parcialmente os
temas ou acontecimentos tratados ou mencionados nesses capítulos (sacrifício de
cativos e banquete ritualístico, atuação ‚xamânica‘ de Staden) ou bem são integradas
em outras seqüências, ou bem são ‚temas cegos‘ que seriam um estorvo para a
tensão dramática e não aportariam nada à mensagem (como, por exemplo, uma
excursão da tribo a uma aldeia vizinha).
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Fig. 4: Esquema dos capítulos correspondentes à parte central da ação realizados no filme.
Somente as seqüências marcadas em branco escaparam à adaptação.
13. Na numeração dos capítulos da edição de 1557 não existe o cap. 33. Da numeração diferente
da versão modernizada de 1984, na qual a 32 segue imediatamente 33, resulta uma
discrepância nos números dos capítulos. Nós respeitamos – salvo indicação contrária – a
numeração de 1557.