Flüchtlinge und das ‚Aushandeln

diana, de uso corriqueiro, quase vulgares. Mas nós temos palavras para
defini-las, eles não. A mais óbvia é cafuné. (VEJA 10/01/2001, p. 133)
É claro que nesta forma ela só existe em português, mas o vocábulo é de
origem banto e faz parte do vocabulário do português angolano, na forma quifune
ou kifune, „estalidos produzidos com os dedos na cabeça“ (RIBAS 1994 ).
Aqui temos uma explicação histórica, pois os povos bantos foram os primeiros a
chegar ao território brasileiro. Portanto, de introdução mais remota, eles se assimilaram
completamente, são correntes em todos os níveis sócio-culturais da linguagem
brasileira e se encontram também presentes na maioria das áreas semânticas. Já os
do grupo sudanês, por serem de origem mais recente, são melhor identificáveis e
encontrados sobretudo no domínio culinário e religioso (CASTRO 2001, p. 74-75).
2. Data de inserção na língua escrita
As obras lexicográficas e as minhas pesquisas dão as seguintes datas de entrada
dos respectivos termos na língua portuguesa escrita :
bagunça: 1926
bunda: 1836
cachaça: 1635
caçula: 1824/1825
cafuné: 1789
calango: 1689
camundongo:1899
cangaço: 1889
capanga: 1856
carimbo: 1837
cochilo: cochilar: 1671/1696 (séc.XVII)
mambembe: séc. XX
molambo: 1824
moleque: 1683
mulungu: 1877
quenga: 1836
quitanda: 1681
quizília: 1681
samba: 1842
xingar: séc. XVII
zumbi: 1681
São datas que até agora foram encontradas, portanto, não definitivas. É possível
que com o passar do tempo sejam encontradas datas mais remotas.
3. Utilização e freqüência
São vocábulos utilizados diariamente no nosso português cotidiano e mesmo
no português padrão, como nos exemplos aqui citados da mídia brasileira escrita.
Alguns ainda trazem a marca tabuísmo (tab.), como quenga, no sentido de prosti-
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