Flüchtlinge und das ‚Aushandeln

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3. cachaça: aguardente [do quicongo (kanua) kisasa, lit. água ardente, que fermenta,
excitante].
4. caçula: o mais novo dos filhos ou dos irmãos [do quicongo kasuka, do
quimbundo kasule e do umbundo okwasula].
5. cafuné: ato de coçar levemente a cabeça de alguém, dando estalidos com as
unhas para provocar sono [do quicongo kafunile kafa, ação de bater, estalar
com os dedos].
6. calango: lagarto maior que a lagartixa [do quicongo nkalanda e do quimbundo
dikalanga].
7. camundongo: ratinho caseiro [do quicongo e do quimbundo kamingondo].
8. cangaço: gênero de vida do cangaceiro [do quicongo e do quimbundo
konganso, nkangunsu, bando, grupo de bandoleiros].
9. capanga: guarda-costas [do quicongo e do quimbundo kimpunga/kimbangala].
10. carimbo: selo, sinete, sinal público com que se autenticam documentos [do
quimbundo, quicongo e umbundo ka-, kindimbu, marca].
11. cochilo: um curto sono leve [do quicongo e do quimbundo kushila, cochilar].
12. molambo: pano velho, trapo [do quicongo e do kimbundo mulamba (mulumbi)
pedaço de pano velho].
13. mambembe: medíocre, de má qualidade, inferior, ínfimo [do quicongo
(mu)mbembele, e do quimbundo kamundenge, ninharia].
14. moleque: menino, garoto, rapaz [do quicongo, quimbundo e umbundo mi-/
mu-/ a nleeke, jovem, garoto].
15. mulungu: planta medicinal [do quicongo mulungu].
16. quenga: prostituta de baixa classe [do quicongo mkemba e do quimbundo
penga].
17. quitanda: pequeno estabelecimento onde se vendem frutas e verduras [do
quimbundo e do quicongo kitanda].
18. quizília: tabu, interdição religiosa [do quicongo kizila e do quimbundo kijila].
19. samba: cerimônia pública de macumba, gênero musical, dança [do quicongo
e do quimbundo (ku)samba, rezar, orar].
20. xingar: [do quimbundo e do quicongo singa, praga].
21. zumbi: fantasma [do quicongo mvumbi].
Passando em revista esses exemplos, teremos a assinalar:
1. Integração
Eles estão completamente integrados no sistema morfológico do português, o
que impede a sua identificação originária. Pouquíssimos brasileiros têm consciência
deste fato. Vejamos um exemplo concreto no qual o jornalista brasileiro Diogo
Mainardi afirma ser a palavra cafuné exclusiva do português:
Se é para me orgulhar, orgulho-me de outras palavras em português. Palavras
que não descrevem a realidade de maneira concreta e que, em minhas
andanças, só encontrei na nossa língua, provocando espanto e inveja em
meus interlocutores estrangeiros. Talvez sejam palavras menos nobres, porque
não se referem a sentimentos elevados, e sim a miudezas da vida coti-