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O Desejado de Todas as Nações por Ellen Gould Harmon White

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Cristo não aten<strong>de</strong>u imediatamente à súplica da mulher. Recebeu essa representante <strong>de</strong> uma raça<br />

<strong>de</strong>sprezada, como o teriam feito os próprios ju<strong>de</strong>us. Assim proce<strong>de</strong>ndo, era Seu intuito impressionar<br />

os discípulos quanto à maneira fria e insensível com que os ju<strong>de</strong>us tratariam um c<strong>as</strong>o <strong>as</strong>sim, ilustrandoo<br />

com o acolhimento dispensado à mulher; e quanto ao modo comp<strong>as</strong>sivo <strong>por</strong> que <strong>de</strong>sejava que<br />

trat<strong>as</strong>sem com ess<strong>as</strong> aflições, segundo o exemplificou na atenção que posteriormente lhe <strong>de</strong>u ao<br />

pedido. M<strong>as</strong> embora Jesus não respon<strong>de</strong>sse, a mulher não per<strong>de</strong>u a fé. P<strong>as</strong>sando Ele, como se a não<br />

ouvisse, seguiu-O, continuando em su<strong>as</strong> súplic<strong>as</strong>. Aborrecidos com sua im<strong>por</strong>tunação, os discípulos<br />

pediram a Jesus que a <strong>de</strong>spedisse. Viram que o Mestre a tratava com indiferença e daí julgaram que os<br />

preconceitos dos ju<strong>de</strong>us contra os cananeus Lhe agradavam.<br />

Aquele a quem a mulher dirigia seus rogos, <strong>por</strong>ém, era um comp<strong>as</strong>sivo Salvador e, em resposta<br />

ao pedido dos discípulos, disse Jesus: “Eu não fui enviado senão às ovelh<strong>as</strong> perdid<strong>as</strong> da c<strong>as</strong>a <strong>de</strong> Israel.”<br />

Se bem que essa resposta parecesse em harmonia com o preconceito dos ju<strong>de</strong>us, era uma tácita<br />

reprovação aos discípulos, o que vieram a compreen<strong>de</strong>r posteriormente, como a lembrar-lhes o que<br />

lhes dissera muit<strong>as</strong> vezes — que Ele viera ao mundo para salvar a todos quantos O aceit<strong>as</strong>sem. Com<br />

crescente ardor insistia a mulher em sua necessida<strong>de</strong>, inclinando-se aos pés <strong>de</strong> Cristo e clamando:<br />

“Senhor, socorre-me!” Aparentemente ainda lhe <strong>de</strong>sprezando <strong>as</strong> súplic<strong>as</strong>, segundo o insensível<br />

preconceito judaico, respon<strong>de</strong>u Jesus: “Não é bom pegar no pão dos filhos e <strong>de</strong>itá-lo aos cachorrinhos.”<br />

Com isso afirmava, <strong>por</strong> <strong>as</strong>sim dizer, que não era justo <strong>de</strong>sperdiçar com os estrangeiros e inimigos<br />

<strong>de</strong> Israel <strong>as</strong> bênçãos trazid<strong>as</strong> ao favorecido povo <strong>de</strong> Deus. Esta resposta teria <strong>de</strong>sanimado inteiramente<br />

qualquer suplicante menos fervoroso. M<strong>as</strong> a mulher viu que chegara sua o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>. Sob a aparente<br />

recusa <strong>de</strong> Cristo, viu a compaixão que Ele não podia dissimular. “Sim, Senhor”, respon<strong>de</strong>u ela, “m<strong>as</strong><br />

também os cachorrinhos comem d<strong>as</strong> migalh<strong>as</strong> que caem da mesa dos seus senhores.” Enquanto os<br />

filhos da c<strong>as</strong>a comem à mesa paterna, os cães não são <strong>de</strong>ixados sem alimento. Têm direito às migalh<strong>as</strong><br />

que caem da mesa abundantemente provida. Assim, se bem que muit<strong>as</strong> fossem <strong>as</strong> bênçãos concedid<strong>as</strong><br />

a Israel, não haveria também uma para ela? Era consi<strong>de</strong>rada como um cão; não teria então também o<br />

direito <strong>de</strong> um cão a uma migalha <strong>de</strong> Sua generosida<strong>de</strong>?<br />

Jesus acabava <strong>de</strong> partir <strong>de</strong> Seu campo <strong>de</strong> labor, <strong>por</strong>que os escrib<strong>as</strong> e fariseus estavam procurando<br />

tirar-Lhe a vida. Murmuravam e queixavam-se. Manifestavam incredulida<strong>de</strong> e azedume, e recusavam<br />

a salvação tão abundantemente a eles oferecida. Aqui encontra Cristo uma criatura <strong>de</strong> uma cl<strong>as</strong>se<br />

infeliz e <strong>de</strong>sprezada, não favorecida com a luz da Palavra <strong>de</strong> Deus; todavia, submete-se imediatamente<br />

à divina influência <strong>de</strong> Cristo, e tem fé implícita em Seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> lhe garantir o favor que suplica. Pe<strong>de</strong><br />

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