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XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

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ENTRE CORPOS E TECNOLOGIA: UMA ANÁLISE DO FILME TRON – O LEGADO<br />

LUANA COSTA MOURA DOS SANTOS<br />

Orientador: ANA CECILIA ARAGAO<br />

Curso: CST EM DESIGN GRÁFICO<br />

UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: COMPLEXIDADE CULTURAL, LINGUAGEM E PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO<br />

O homem sempre questionou seus limites diante <strong>da</strong>s tecnologias que o cercam. Não é a toa que percebemos o<br />

quanto estamos cercados <strong>de</strong> matéria, equipamentos, instrumentos que nos possibilitam fazermos sempre mais<br />

do que fomos capazes <strong>de</strong> imaginar. Nesse sentido, este trabalho faz uma análise do filme TRON – O legado, <strong>de</strong><br />

Joseph Kosinski, lançado em 2010. No filme, Kevin Flynn (Jeff Bridges) é um gênio <strong>da</strong> informática que, um dia,<br />

<strong>de</strong>sapareceu sem <strong>de</strong>ixar vestígios. Seu filho Sam (Owen Best) encontra o local on<strong>de</strong> seu pai tinha uma série <strong>de</strong><br />

consoles <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ogame. Lá, Sam encontra uma passagem que o leva a uma câmera on<strong>de</strong> está o último trabalho <strong>de</strong><br />

seu pai. Sam o aciona e é levado a outro mundo, um mundo tecnológico habitado por programas <strong>de</strong> computação.<br />

Esse filme traz alguns pontos intrigantes a serem tratados: um <strong>de</strong>les é a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o homem se tornar uma<br />

imagem produzi<strong>da</strong> por combinações numéricas, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser corpo físico (matérico) e se tornando sua abstração.<br />

Estamos a todo instante observando e sendo observados; estruturando e sendo estruturados pela tecnologia.<br />

Porém, mesmo um programa tecnológico busca uma verossimilhança com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> concreta, humana, o que<br />

po<strong>de</strong> ser observado na personagem Quorra (Olivia Wild): um programa digital com habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s comportamentais<br />

surpreen<strong>de</strong>ntes, pois possui sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, ingenui<strong>da</strong><strong>de</strong> e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento. Quorra é o ponto chave<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> uma nova condição humana, já que seu mestre a instrui sobre a arte <strong>da</strong> abnegação, que lhe dá<br />

autonomia para retirar-se <strong>da</strong> equação, ser a fronteira entre o digital e o matérico. Assim, ela po<strong>de</strong>ria ser a única<br />

ponte que possibilitaria ao homem a compreensão <strong>de</strong> que pertencemos a um espaço criado por nós mesmos.<br />

Contudo, após o término <strong>da</strong> criação do sistema perfeito por Flynn, o próprio sistema se volta contra seu criador. A<br />

ligação entre homem e máquina se torna ca<strong>da</strong> vez mais aparente. Percebemos que, a ca<strong>da</strong> instante, ligamo-nos<br />

mais às tecnologias e tornamo-nos, muitas vezes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>las. Projetamo-nos através <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> nós<br />

mesmos para criar um novo tipo <strong>de</strong> comportamento. Nossa imagem se codifica e a re-inventamos a partir <strong>da</strong>quilo<br />

que <strong>de</strong>sejamos ser e/ou nos tornar. Harry Pross nos montra que experimentamos vários tipos <strong>de</strong> comunicação, a<br />

primeira <strong>de</strong>las se dá a partir <strong>da</strong> interação entre os corpos sem qualquer aparato que os liguem. A secundária é<br />

aquela em que os corpos precisam <strong>de</strong> um aparato para interagir com outro corpo, o que possibilitou ao homem uma<br />

116 | ANAIS <strong><strong>XII</strong>I</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Científico</strong> e <strong>XII</strong> <strong>Mostra</strong> <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> - 2011<br />

CST EM DESIGN GRÁFICO

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