16.01.2013 Views

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DIREITO<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: PLURALISMO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E INTERCULTURALIDADE<br />

O trabalho aqui escriturado tem como objeto estabelecer um diálogo com a história <strong>da</strong> educação, no sentido<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scortiná-la, em uma síntese, passando pelo mundo antigo, mostrando as raízes <strong>da</strong> educação no oci<strong>de</strong>nte,<br />

no mundo grego romano e a evolução <strong>de</strong>sta na I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média e as mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> paradigmas efetiva<strong>da</strong>s a<br />

partir do racionalismo e do empirismo, consoli<strong>da</strong>ndo, assim, uma educação mo<strong>de</strong>rna. Com a crise <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

foi possível mostrar uma crítica à educação instituí<strong>da</strong> e uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> repensar a educação<br />

através dos pensadores <strong>de</strong>sdogmizadores – Karl Marx, Nietzsche e Sigmund Freud. O método <strong>de</strong> análise é<br />

a dialética, através <strong>de</strong> seus três princípios – tudo se relaciona, tudo se transforma, e a contradição. Como<br />

resultados, po<strong>de</strong>mos dizer que a educação do mundo Antigo, principalmente no período grego, é a educação<br />

Pai<strong>de</strong>ia, fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> no mito e na obra platônica e aristotélica, enquanto que, na I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média, a educação<br />

segue a Pai<strong>de</strong>ia cristã, <strong>de</strong>linea<strong>da</strong> pela escola patrística e, posteriormente, pela escolástica. Já na mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

a educação seguiu o paradigma racionalista, este foi o dominante, vindo a ser questionado e criticado<br />

severamente por pensadores, como Karl Max; Nietzsche e Sigmund Freud. No que diz respeito à educação<br />

brasileira, a Constituição<strong>de</strong> 1988 <strong>de</strong>lineou um elenco <strong>de</strong> princípios que servem <strong>de</strong> paradigma para <strong>de</strong>linear<br />

o sistema <strong>da</strong> educação brasileira na busca <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, igual<strong>da</strong><strong>de</strong>, fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, autonomia e justiça social,<br />

servindo, assim, para a construção <strong>de</strong> uma nova história <strong>da</strong> educação no Brasil. Concluímos, dizendo que, na<br />

Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, Platão forneceu as i<strong>de</strong>ias básicas <strong>da</strong> educação, enquanto que, na I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média, as regras eram<br />

estabeleci<strong>da</strong>s pela patrística e a escolástica, enquanto, na Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>, a educação seguiu o racionalismo<br />

para ser contestado pelos pensadores que efetivaram uma <strong>de</strong>smontagem dos paradigmas anteriores. Po<strong>de</strong>mos<br />

dizer que, no Brasil, a Constituição, sendo o discurso do direito positivo, <strong>de</strong>ve servir <strong>de</strong> paradigma na construção<br />

<strong>de</strong> uma educação libertadora,<strong>de</strong>sdogmatizadora e que traga autonomia.<br />

Palavras-chave: História <strong>da</strong> Educação. Princípios Constitucionais. Direito à Educação no Brasil.<br />

EXTRADIÇÃO COM VISTAS AO CASO DE CESARE BATTISTI<br />

IVONALDO JUNY DE MEDEIROS<br />

LAIS PALMEIRA DE MEDEIROS<br />

Curso: DIREITO - ROBERTO FREIRE<br />

UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: PLURALISMO CONSTITUCIONAL, DIREITOS HUMANOS E INTERCULTURALIDADE<br />

Temos visto acontecer, em todo mundo, a ocorrência <strong>de</strong> crimes <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as espécies, que, certa feita, choca<br />

e instiga a presença <strong>da</strong> punição com excelência, tanto no âmbito nacional quanto no âmbito internacional.<br />

Assim, percebemos a suma importância do princípio <strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong> inflamado nas <strong>de</strong>cisões proclama<strong>da</strong>s pelos<br />

Estados soberanos <strong>de</strong> direito. Para que os crimes não passem <strong>de</strong> sua previsão legal, os países regulam-se<br />

através <strong>de</strong> tratados bilaterais, que geram obrigações para com os mesmos, assim, estes po<strong>de</strong>m se aju<strong>da</strong>r<br />

para que a justiça prevaleça internacionalmente. Não obstante, encontramos como um meio <strong>de</strong> cumplici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

entre os Estados a extradição, processo pelo qual um Estado solicita <strong>de</strong> outro a entrega <strong>de</strong> uma pessoa<br />

con<strong>de</strong>na<strong>da</strong> ou suspeita <strong>de</strong> infração criminal cometi<strong>da</strong> no país requerente. Enten<strong>de</strong> o direito internacional que<br />

nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa presente em seu território, <strong>de</strong>vido ao princípio <strong>da</strong> soberania<br />

estatal, por esse motivo, é regula<strong>da</strong> a extradição por tratados bilaterais. No Brasil, a extradição é prevista<br />

pela Constituição Fe<strong>de</strong>ral, no art. 5º, LI e LII, proibindo a extradição <strong>de</strong> brasileiro (exceto o naturalizado se<br />

a naturalização veio a solidificar-se <strong>de</strong>pois do crime) e ve<strong>da</strong>ndo a <strong>de</strong> estrangeiro em caso <strong>de</strong> crime político<br />

ou <strong>de</strong> opinião. O instituto é <strong>de</strong>finido pela Lei nº 6.815, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1980 (Estatuto do Estrangeiro),<br />

e regulado pelo Decreto nº 86.715, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1981. A lei brasileira prevê que a extradição <strong>de</strong>ve<br />

ser solicita<strong>da</strong> pelos canais diplomáticos e o respectivo processo é apreciado exclusivamente pelo Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. Cesare Battisti (Sermoneta, 18 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1954) ex-ativista político, italiano, antigo<br />

membro dos Proletários Armados pelo Comunismo, grupo armado <strong>de</strong> extrema esquer<strong>da</strong>, ativo na Itália no fim<br />

dos anos 1970, período marcado pela violência política, tanto por parte <strong>de</strong> organizações <strong>da</strong> extrema esquer<strong>da</strong><br />

como <strong>da</strong> extrema direita. Em 1987, Battisti foi con<strong>de</strong>nado pela justiça italiana à prisão perpétua, com restrição<br />

<strong>de</strong> luz solar, pela autoria, direta ou indireta, dos quatro homicídios atribuídos aos PAC – além <strong>de</strong> assaltos e<br />

outros <strong>de</strong>litos menores, igualmente atribuídos ao grupo. Por este correr risco <strong>de</strong> perseguições políticas, em 31<br />

ANAIS <strong><strong>XII</strong>I</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Científico</strong> e <strong>XII</strong> <strong>Mostra</strong> <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> - 2011 | 241

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!