16.01.2013 Views

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DIREITO<br />

O FENÔMENO DA DESPENALIZAÇÃO NA LEI 11.343/2006 E A PROMOÇÃO DE<br />

UMA POLíTICA RESTAURATIVA<br />

ARANDA NOGUEIRA LIMA<br />

CICERO ADÃO BEZERRA DE ALMEIDA FILHO<br />

Orientador: NEWTON TORRES DOS SANTOS CRUZ<br />

Curso: DIREITO - ROBERTO FREIRE<br />

UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS<br />

O presente trabalho tem por objetivo expor o fenômeno <strong>da</strong> <strong>de</strong>spenalização nos crimes <strong>de</strong> drogas para fins <strong>de</strong> consumo,<br />

após o advento <strong>da</strong> Lei 11.343/2006. Encontra amparo jurídico na disciplina Direito Penal. O método utilizado para sua<br />

realização foi a pesquisa bibliográfica. O uso <strong>de</strong> substâncias entorpecentes se faz presente na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> há muitos séculos,<br />

seja para uso medicinal, seja para rituais religiosos, como no caso dos Gregos e Romanos que utilizavam as bebi<strong>da</strong>s<br />

alcoólicas em suas comemorações e rituais. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60, <strong>de</strong>vido ao aumento do número <strong>de</strong> drogas psicoativas<br />

produzi<strong>da</strong>s e o número <strong>de</strong> usuários, a Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (ONU) - sob influência dos Estados Unidos <strong>da</strong><br />

América - criou uma resolução que criminalizou o uso <strong>de</strong> drogas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s ilícitas, que perdura até hoje. Este trabalho<br />

irá discorrer à respeito <strong>da</strong> Lei 11.343/2006 que compõe o Or<strong>de</strong>namento jurídico brasileiro, a qual, ao inovar em face<br />

<strong>da</strong> lei 6.368/76 que regulamentava a matéria, não aplica mais ao usuário <strong>de</strong> drogas penas privativas <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa<br />

inovação não realizou a <strong>de</strong>scriminalização do uso <strong>de</strong> droga ilícita, que seria retirar <strong>da</strong>s drogas seu caráter ilícito, como<br />

muitos têm pensado, mas <strong>de</strong>spenalizou a conduta do usuário. Após o advento <strong>da</strong> lei, o usuário vítima <strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

química não receberá pena privativa <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas lhe será aplicado pena <strong>de</strong> caráter educativo. Nesse contexto,<br />

<strong>de</strong>spenalizar significa retirar as penas privativas <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, fornecendo aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes penas alternativas, como: advertência<br />

sobre os efeitos <strong>da</strong>s drogas, prestação <strong>de</strong> serviços à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou medi<strong>da</strong> educativa <strong>de</strong> comparecimento a<br />

programa ou curso educativo. Tais penas po<strong>de</strong>m ser aplica<strong>da</strong>s isola<strong>da</strong>s ou cumulativamente, como previsto no artigo 27<br />

<strong>da</strong> referi<strong>da</strong> lei em estudo, e cabe ao Juiz <strong>de</strong>terminar se a droga se <strong>de</strong>stinava a uso pessoal, em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> ao artigo<br />

28, § 2°, para fins <strong>de</strong> observar se a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> é para uso pessoal. De acordo com a <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> lei, usuário é aquele<br />

que adquirir, guar<strong>da</strong>r, tiver em <strong>de</strong>pósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização<br />

ou em <strong>de</strong>sacordo com <strong>de</strong>terminação legal ou regulamentar. As inovações implanta<strong>da</strong>s por essa lei objetivam a redução<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong>nos que uma possível privação <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> geraria ao <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte químico, posto que o mo<strong>de</strong>lo prisional brasileiro<br />

possui inúmeras falhas, não conseguindo aten<strong>de</strong>r à sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong> maior, que é a <strong>de</strong> corrigir e ressocializar o apenado,<br />

nesse sentido, contemplou a nova lei que o usuário <strong>de</strong> droga, como vitima <strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência, necessita <strong>de</strong> tratamento<br />

a<strong>de</strong>quado e uma nova perspectiva <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, que serão obtidos com políticas públicas sérias volta<strong>da</strong>s para esse grupo,<br />

sendo co-responsáveis a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e a família. Neste sentido, concluímos que a lei em estudo apresentou uma gran<strong>de</strong><br />

evolução, ao garantir que, aos usuários <strong>de</strong> drogas, serão aplica<strong>da</strong>s penas educativas.<br />

Palavras-chave: Despenalização. Crimes <strong>de</strong> drogas. Política Restaurativa.<br />

O PRINCíPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA NO DIREITO PENAL<br />

PEDRO BORGES DE ANDRADE NETO<br />

Orientador: AIRTON ROMERO DE MESQUITA FERRAZ<br />

Curso: DIREITO - ROBERTO FREIRE<br />

UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: EDUCAÇÃO, DIREITO E PSICANÁLISE DO VÍNCULO SOCIAL<br />

O princípio <strong>da</strong> insignificância tem suporte na premissa <strong>de</strong> que o Direito Penal não <strong>de</strong>veria se ater às condutas <strong>de</strong><br />

pequena monta, que não causariam maiores <strong>da</strong>nos sociais ou materiais, em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> condutas efetivamente<br />

<strong>da</strong>nosas e que provocariam <strong>de</strong>sequilíbrio efetivo nas relações jurídicas em socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. O <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> bagatela expressa o<br />

fato insignificante, <strong>de</strong> ninharia ou <strong>de</strong> uma conduta ou mesmo <strong>de</strong> um ataque ao bem jurídico, que não requer a intervenção<br />

penal, porque está fora do âmbito do tipo penal. É um preceito que reúne quatro condições essenciais para<br />

ser aplicado: a mínima ofensivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> conduta, a inexistência <strong>de</strong> periculosi<strong>da</strong><strong>de</strong> social do ato, o reduzido grau <strong>de</strong><br />

reprovabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do comportamento e a inexpressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> lesão provoca<strong>da</strong>. Para que uma conduta seja consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong><br />

252 | ANAIS <strong><strong>XII</strong>I</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Científico</strong> e <strong>XII</strong> <strong>Mostra</strong> <strong>de</strong> <strong>Extensão</strong> - 2011

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!