XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

MEDICINA
miccional. Após início de levodopa 250mg e carbidopa 50mg, o paciente relata melhora significativa do tremor,
confirmando a DP. Conclusões/Considerações Finais: A partir das considerações feitas anteriormente, pode-se
concluir que a história clínica e o exame físico são os principais meios de diagnóstico, visto que não há exame
de imagem ou outros que confirmem o diagnóstico. É sabido que a levodopa alivia os sintomas da DP através da
descarboxilação para dopamina no cérebro. A carbidopa não cruza a barreira hematoencefálica, inibe apenas a
descarboxilação extra-cerebral da levodopa, fazendo com que mais levodopa esteja disponível para o cérebro e
sofra subseqüente conversão para dopamina. Portanto, a associação desses medicamentos no tratamento da DP
traz benefícios consideráveis aos pacientes portadores desta patologia.
Palavras-chave: Doença de Parkinson. Atenção Integral à Saúde. Serviço Público de Saúde.
DOR CRÔNICA NA LESÃO DE STENER – IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE
SARAH RACHEL PEREIRA DE MOURA LIMA
BIANCA ZAMBUZZI MELONI
PAULO RAFAEL FREIRE DE AZEVEDO
LARISSA CAROLYNE FERREIRA DE LIMA
GABY MARIA CARVALHO DE FREITAS
Orientador: LEVI HIGINO JALES JúNIOR
Curso: MEDICINA
UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL
Linha de Pesquisa: ATENÇÃO INTEGRAL À SAúDE
Lesão de Stener consiste em ruptura total do nervo colateral ulnar do polegar, ocorrendo a interposição da aponeurose
do músculo adutor do polegar entre as partes lesionadas do nervo. Este nervo tem origem no plexo braquial
e inserção no canal de Guion presente no punho, é responsável pelos ramos motores da musculatura intrínseca
da mão e ramos sensitivos da porção medial dos 4º e 5º dedos e recebe o nome de nervo colateral ulnar quando
presente ao lado medial do polegar. A principal causa da Lesão de Stener é hiperextensão traumática do primeiro
quirodáctilo e principais manifestações clínicas são: instabilidade do polegar com movimentos anormais de
lateralidade, dor intensa e paresia no movimento de pinça. Ocorre após quedas e em esportistas (esquiadores e
participantes de vaquejada). O diagnóstico é clínico, mas é possível “mão em garra” no exame físico, presença
de segmento ósseo na radiografia e evidência da lesão na ressonância nuclear magnética. O tratamento varia com
grau e período da lesão, podendo ser conservador (imobilização) na fase aguda (menos de 30 dias) e em lesão
incompleta ou cirúrgico na fase crônica ou em lesão completa. As principais complicações são dor crônica, perda/diminuição
da função motora e/ou sensitiva e atrofia muscular. Relatar caso de Lesão de Stener e apresentar
aspectos da dor nesta lesão. Dados coletados no prontuário e entrevista com paciente, e busca bibliográfica nas
bases de dados PUBMED e SCIELO. Paciente D.R.C.S., 30 anos, sexo feminino, procedente de Natal – RN, buscou
atendimento no ambulatório de ortopedia com queixa principal de dor no polegar direito há 3 meses. Durante o
atendimento, paciente relatou que, há 3 meses, iniciou quadro álgico (valor 10 na escala unidimensional da dor
caracterizada pela resposta verbal-numérica) e paresia no território do nervo colateral ulnar direito, apresentando
piora progressiva do quadro com o uso repetitivo do polegar direito, principalmente no movimento de pinça. Ao
exame físico, foi observado instabilidade do polegar direito com movimento anormal de lateralidade, dor intensa e
paresia ao movimento de pinça. A radiografia de mão e punho evidenciou presença de tecido cicatricial presente
na região do nervo e não foi necessário ressonância nuclear magnética devido à história clínica e exame físico. O
diagnóstico foi Lesão de Stener incompleta crônica e o tratamento foi conservador, com 10 sessões de fisioterapia.
Quatro semanas após o tratamento, a paciente evoluiu com melhora moderada da dor (valor 5 na escala de
dor verbal-numérica) e diminuição significativa da paresia. Lesão de Stener é grave e o prognóstico não é bom na
maioria dos casos, com prejuízo do retorno da função motora e sensitiva mesmo com a realização das condutas
necessárias. Nos casos não tratados e/ou crônicos, é progressiva e pode evoluir para complicações neurais e musculares,
devendo o tratamento ser instituído precocemente para evitar complicações irreversíveis e dor crônica.
Palavras-chave: Dor Crônica. Lesão de Stener. Diagnóstico Precoce.
430 | ANAIS XIII Congresso Científico e XII Mostra de Extensão - 2011