XIII Congresso Científico da UnP XII Mostra de Extensão da UnP

PEDAGOGIA
nos deparamos com outra realidade. A palavra ‘Inclusão’, por si só, já se apresenta carregada de preconceitos. Porém,
incluir é necessário, pois o recinto escolar, com todas as suas peculiaridades representa o espaço de preparação real
para a vida. Há que se dirimir a resistência de pais, professores e demais profissionais da educação regular, cujos argumentos
são pautados pelo desconhecimento das reais possibilidades de aprendizagem e participação das pessoas com
deficiências da vida escolar. “A educação especial no Brasil segue os pressupostos formulados pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que define a educação especial como
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades
educacionais especiais. A educação especial é uma modalidade de educação considerada como um conjunto de
recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes
alternativas de atendimento.” (definição dada pelo MEC). A lei é bonita no papel e falar sobre inclusão é fácil, difícil é fazer
o que deve ser feito e com qualidade. Estes documentos são unânimes na prerrogativa de uma educação para todos
e de que crianças com necessidades educacionais especiais devam ser inseridas preferencialmente na rede regular de
ensino. Portanto, a obrigação da escola em receber crianças com necessidades educacionais especiais é uma obrigação
legal, havendo inclusive penalidade para quem a descumprir. A lei n. 7.853, de 1989, que saiu um ano depois da Constituição
Federal, prevê que é crime a recusa, por parte da escola, de matricular uma criança com deficiência ou cancelar
presença de criança já matriculada. Para que a Inclusão comece a funcionar com eficácia, precisamos capacitar todos
os profissionais das escolas, desde o porteiro, ASG e os professores e gestores. Mais, antes de tudo é preciso que os
pais aceitem os seus filhos, que os ame e lute incansavelmente pelos direitos que são violados todos os dias.
Palavras-chave: Inclusão social. Educação especial. Práticas pedagógicas.
O ESTRESSE NA PROFISSÃO DOCENTE
VIRGINIA LUCIA GALVAO FARIAS
FRANCILENE ADÃO VITAL
Orientador: KATIA REJANE LIMA DE MOURA
Curso: PEDAGOGIA
UNIVERSIDADE POTIGUAR - SEDE EM NATAL
Linha de Pesquisa: SABERES DOCENTES E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
A qualidade de vida (QV) é relevante para qualquer indivíduo, na área profissional ou pessoal; a mesma traz um conceito
abrangente que implica em uma articulação equilibrada de um conjunto de realizações em diversas áreas. O trabalho ocupa
uma parcela significativa de tempo. O bom desempenho das atividades docentes depende das condições emocionais
favoráveis. Diante da deterioração das condições da formação e da prática do professorado no Brasil, a profissão docente
está dentre as que mais sofrem de problemas físicos ou psicológicos decorrentes da má qualidade de vida no trabalho
(QVT). Estes fatores interferem na obtenção dos objetivos pedagógicos, ao passo que geram insatisfação e/ou desmotivação.
Nesta correlação o estresse está diretamente ligado às emoções, é uma doença da vida moderna e ligada a fatores
psicológicos. O estresse ocupacional traz conseqüências para funcionários (professores) e para as organizações (escolas).
Esta pesquisa envolveu 28 professores de uma escola pública municipal situada na cidade de Tibau do Sul/RN. O objetivo
foi identificar os fatores estressores mais frequentes no ambiente de trabalho docente, bem como o nível de estresse apresentado
pelos docentes. É um estudo de caso de caráter descritivo e exploratório, com uma abordagem quantitativa dos
dados. Para a coleta de dados, utilizou-se a tabela de Holmes-Rahe, que é um instrumento validado, amplamente utilizado
para esses fins em pesquisas científicas. A amostra pesquisada foi censitária, sendo 28 professores da Educação Infantil,
Ensino Fundamental I e II e da EJA dos turnos matutino, vespertino e noturno. Os resultados foram demonstrados em
gráficos e tabelas, elaborados no programa Excel do Microsoft e usada a freqüência simples de estatística. Foi constatado
que 39% dos entrevistados têm pequenas chances de adoecer, 32% estão razoavelmente com chances de adoecer e os
39% da população estão com forte probabilidade de adoecer, tendo a escola que promover ações que minimizem o estresse
docente, alertando-os sobre estratégias de enfrentamento para lidar com o estresse tais como: alimentação saudável,
praticar atividades físicas, relaxamento, ter uma atitude positiva, organizar o tempo e estabelecer prioridades, não atuar
como professor em casa, reservar um momento para o lazer, evitar carga horária excessiva, descansar mais, dedicar-se à
formação continuada para se sentir mais seguro nas diversidades presentes em sala de aula, buscar uma boa convivência
com os alunos e colegas de trabalho e se por acaso for necessário procurar ajuda psicológica.
Palavras-chave: Estresse. Profissão docente. Qualidade de vida.
ANAIS XIII Congresso Científico e XII Mostra de Extensão - 2011 | 537