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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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de quimiocinas. Em muitos indivíduos infectados pelo HIV, existe uma alteração da<br />

produção viral que utiliza o CCR5, predominantemente macrófago-trópico no início da<br />

doença para o vírus que se liga a CXCR4 e é T-trópico tardiamente na doença. As<br />

cepas T-trópicas tendem a ser mais virulentas, presumivelmente porque elas infectam<br />

e destroem mais células T do que as cepas M-trópicas. A importância do CCR5 na<br />

infecção pelo HIV in vivo é suportada pela descoberta de que os indivíduos que não<br />

expressam este receptor na superfície da célula devido a herança homozigota de<br />

uma deleção de 32pb no gene CCR5 são resistentes à infecção pelo HIV.<br />

Uma vez que um vírion do HIV entra em uma célula, as enzimas do<br />

complexo de nucleoproteína tornam-se ativas e iniciam o ciclo replicativo<br />

viral (Fig. 21-5). O núcleo da nucleoproteína viral rompe-se, há transcrição reversa<br />

do genoma de RNA do HIV para uma forma de DNA de cadeia dupla pela<br />

transcriptase reversa viral, e o DNA do vírus entra no núcleo. A integrase viral também<br />

entra no núcleo e catalisa a integração do DNA viral ao genoma da célula hospedeira.<br />

O DNA do HIV integrado é chamado de provírus. Os provírus podem permanecer<br />

transcricionalmente inativos durante meses ou anos, com pouca ou nenhuma<br />

produção de novas proteínas virais ou vírions, e deste modo a infecção pelo HIV de<br />

uma célula individual pode permanecer latente.<br />

A transcrição dos genes do provírus de DNA integrado é regulada pela LTR<br />

superior dos genes estruturais virais, e citocinas e outros estímulos que<br />

ativam as células T e macrófagos acentuam a transcrição dos genes virais. As<br />

LTRs contêm sequências de sinal de poliadenilação, a sequência promotora “TATA<br />

Box” e os locais de ligação para dois fatores de transcrição da célula hospedeira, NFκB<br />

e SP1. O início da transcrição do gene do HIV nas células T está associado à<br />

ativação das células T por antígenos ou citocinas. Por exemplo, ativadores policlonais<br />

de células T, como fito-hemaglutinina, e citocinas, como a IL-2, o fator de necrose<br />

tumoral (TNF) e a linfotoxina, estimulam a expressão do gene do HIV nas células T<br />

infectadas; e IL-1, IL-3, IL -6, TNF, linfotoxina, IFN-γ, e o fator estimulador de colônias<br />

de granulócitos-macrófagos (GM-CSF) estimulam a expressão do gene do HIV e da<br />

replicação viral em monócitos e macrófagos infectados. A estimulação de TCR e<br />

citocinas para a transcrição de genes do HIV provavelmente envolve a ativação de<br />

NF-κB e a sua ligação às sequências em LTR. Este fenômeno é significativo para a<br />

patogênese da AIDS porque a resposta normal de uma célula T infectada de forma<br />

latente a um microrganismo pode ser a maneira pela qual a latência do HIV é<br />

encerrada e a produção de vírus iniciada. Desta forma, as múltiplas infecções que os<br />

pacientes com AIDS adquirem, estimulam a produção de HIV e a infecção de células<br />

adicionais.<br />

A proteína Tat é necessária para a expressão do gene do HIV e age acentuando a<br />

produção de transcritos completos do RNAm viral. Mesmo na presença de sinais<br />

perfeitos para iniciar a transcrição, pouca ou nenhuma molécula de RNAm do HIV é,<br />

na verdade, sintetizada sem a ação da Tat, porque a transcrição de genes do HIV

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