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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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Evasão da Resposta Imunológica pelos Vírus<br />

Os vírus desenvolveram numerosos mecanismos para fugir da imunidade do<br />

hospedeiro (Tabela 16-3).<br />

Tabela 16-3<br />

Mecanismos de evasão imunológica pelos vírus<br />

Mecanismos de evasão imunológica<br />

Exemplos<br />

Variação antigênica<br />

Influenza, rhinovírus, HIV<br />

Inibição do processamento do antígeno<br />

Herpes simples (HSV)<br />

Bloqueio do transportador TAP<br />

Citomegalovírus (CM V)<br />

Remoção das moléculas de classe I do RE<br />

Produção de moléculas M HC “iscas” para inibir as células NK Citomegalovírus (murino)<br />

Produção de homólogos do receptor de citocinas<br />

Vacínia, poxvírus (IL-1, IFN-γ)<br />

Citomegalovírus (quimiocina)<br />

Produção de citocinas imunossupressoras<br />

Epstein-Barr (IL-10)<br />

Infecção e morte ou comprometimento funcional das células imunes HIV<br />

Inibição da ativação do complemento<br />

HIV<br />

Recrutamento do fator H<br />

HIV, vacínia, CM V humano<br />

Incorporação de CD59 no envelope viral<br />

Inibição da imunidade inata<br />

Vacínia, HIV<br />

Inibição do acesso ao sensor de RNA RIG-I<br />

HIV, HCV, HSV, pólio<br />

Inibição de PKR (sinalização pelo receptor de IFN)<br />

Exemplos representativos dos diferentes mecanismos utilizados pelos vírus para<br />

resistir à imunidade do hospedeiro estão listados.<br />

RE, retículo endoplasmático; HCV, vírus da hepatite C; HIV, vírus da imunodeficiência<br />

adquirida; TAP, transportador associado ao processamento de antígeno.<br />

• Os vírus podem alterar seus antígenos e, portanto, deixam de ser alvos da<br />

resposta imune. Os antígenos afetados são mais comumente glicoproteínas de<br />

superfície reconhecidas por anticorpos, epítopos de células T, mas também podem<br />

ser submetidas à variação. Os principais mecanismos de variação antigênica são<br />

mutações pontuais e rearranjo dos genomas de RNA (em vírus de RNA), que<br />

conduzem a variação e mudança antigênica. Estes processos são de grande<br />

importância na propagação do vírus influenza. Os dois principais antígenos do<br />

vírus são a hemaglutinina viral trimérica (o pico de proteína viral) e a<br />

neuraminidase. Os genomas virais sofrem mutações nos genes que codificam<br />

essas proteínas de superfície, e a variação que ocorre como resultado é chamada<br />

de mudança antigênica. Os genomas segmentados do RNA do vírus influenza,<br />

que normalmente habitam diferentes espécies hospedeiras podem recombinar-se<br />

em células hospedeiras, e esses vírus rearranjados podem diferir dramaticamente<br />

a partir das cepas prevalentes (Fig. 16-8). O rearranjo dos genes virais resulta em<br />

alterações importantes na estrutura antigênica chamada de mudança antigênica,<br />

o que cria vírus distintos como o da gripe aviária ou o vírus da gripe suína. Devido à

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