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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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As células T são encontradas no interior da camada epitelial do intestino,<br />

espalhadas por toda a lâmina própria e submucosa, nas placas de Peyer e em<br />

outras coleções organizadas de folículos. Em humanos, a maioria das células T<br />

intraepiteliais corresponde a células CD8 + . Em camundongos, aproximadamente<br />

50% dos linfócitos intraepiteliais expressam a forma γδ do TCR, similares aos linfócitos<br />

intraepiteliais na pele. Em humanos, apenas cerca de 10% dos linfócitos intraepiteliais<br />

são células γδ, mas essa proporção ainda é maior do que as proporções de células<br />

γδ encontradas entre as células T em outros tecidos. Ambos os linfócitos intraepiteliais<br />

que expressam TCR,αβ e γδ, apresentam diversidade limitada de receptores<br />

antigênicos. Esses achados sustentam a ideia de que os linfócitos intraepiteliais da<br />

mucosa têm uma diversidade limitada de especificidade, distinta daquela da maior<br />

parte das células T, e esse repertório restrito pode ter se desenvolvido para<br />

reconhecer microrganismos que são comumente encontrados na superfície epitelial.<br />

As células T da lâmina própria em sua maioria são CD4 + e a maior parte tem o<br />

fenótipo de células T efetoras ativadas ou de memória, sendo a última com fenótipo<br />

efetor de memória (Cap. 9). Lembre-se de que essas células T efetoras e de memória<br />

da lâmina própria são geradas a partir precursores imaturos no GALT e nos<br />

linfonodos mesentéricos, entram na circulação e preferencialmente retornam para a<br />

lâmina própria (Fig. 14-5). As células T no interior das placas de Peyer e em outros<br />

folículos adjacentes ao epitélio intestinal são em grande parte células T auxiliares<br />

CD4 + , incluindo células T auxiliares foliculares e células T regulatórias.<br />

As células dendríticas e os macrófagos são abundantes no sistema imune<br />

gastrintestinal e podem participar da estimulação das respostas protetoras de<br />

células T efetoras ou da indução de respostas das células T regulatórias que<br />

suprimem a imunidade aos antígenos ingeridos e aos organismos comensais.<br />

No intestino e em outros tecidos mucosos, algumas células dendríticas e macrófagos<br />

projetam os dendritos entre as células epiteliais e entram em contato com o conteúdo<br />

luminal, como discutido anteriormente. As células dendríticas que capturaram<br />

antígenos migram, através da linfa, para os linfonodos mesentéricos, onde<br />

apresentam antígenos proteicos processados a células T imaturas e induzem a<br />

diferenciação dessas células T em células efetoras produtoras de IFN-γ, IL-17 ou IL-4,<br />

ou em células Treg FoxP3 + . Os macrófagos do tecido intestinal também podem<br />

promover a expansão local de células T regulatórias. A capacidade das células<br />

dendríticas e de macrófagos para direcionar a indução ou expansão de células T<br />

regulatórias é dependente da capacidade para produzir TGF-β e ácido retinoico<br />

durante a apresentação de antígeno às células T.<br />

No trato gastrintestinal, diferentes subpopulações de células T CD4 +<br />

efetoras são induzidas e protegem contra diferentes espécies microbianas. No<br />

Capítulo 10, introduzimos o conceito de que a subpopulação de células T auxiliares<br />

que secreta diferentes citocinas é especializada para proteção contra diferentes tipos

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