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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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Estrutura, Produção e Receptores de Quimiocinas<br />

Existem cerca de 50 quimiocinas humanas, todas as quais são polipeptídios de 8 a<br />

10 kD que contêm duas alças dissulfeto internas. As quimiocinas estão classificadas<br />

em quatro famílias baseadas no número e localização de resíduos N-terminais de<br />

cisteína. As duas principais famílias são as quimiocinas CC (também chamadas de β),<br />

onde os dois resíduos de cisteína são adjacentes, e a família CXC (ou α), onde estes<br />

resíduos são separados por um aminoácido. Essas diferenças se correlacionam com<br />

a organização das subfamílias em grupos de genes separados. Poucas quimiocinas<br />

adicionais têm uma única cisteína (família C) ou duas cisteínas separadas por três<br />

aminoácidos (CX3C). As quimiocinas foram originalmente denominadas com base<br />

em como elas foram identificadas e quais respostas eram disparadas, mas uma<br />

nomenclatura padrão foi adotada, levando em conta os receptores aos quais as<br />

quimiocinas se ligam (Tabela 3-2). Embora existam exceções, o recrutamento de<br />

neutrófilos é mediado principalmente pelas quimiocinas CXC, o recrutamento de<br />

monócitos é mais dependente das quimiocinas CC e o recrutamento de linfócitos é<br />

mediado por ambas as quimiocinas CXC e CC.<br />

As quimiocinas das subfamílias CC e CXC são produzidas pelos leucócitos e por<br />

vários tipos de células teciduais, tais como células endoteliais, células epiteliais e<br />

fibroblastos. Em muitas destas células, a secreção das quimiocinas é induzida pelo<br />

reconhecimento dos microrganismos através de vários receptores celulares do<br />

sistema imune inato, conforme discutido no Capítulo 4. Além disso, as citocinas<br />

inflamatórias, incluindo TNF, IL-1 e IL-17, induzem a produção de quimiocinas. Várias<br />

quimiocinas CC também são produzidas por células T ativadas, fornecendo uma<br />

ligação entre a imunidade adaptativa e o recrutamento de leucócitos inflamatórios.<br />

Os receptores para quimiocinas pertencem à superfamília de receptores de<br />

sete domínios transmembranares acoplados à proteína G e ligados ao<br />

trifosfato de guanosina (GTP) (GPCR). Estes receptores iniciam respostas<br />

intracelulares através de protepinas G triméricas associadas. As proteínas G<br />

estimulam alterações no citoesqueleto e a polimerização de actina e filamento de<br />

miosina, resultando em motilidade celular aumentada. Como discutido previamente,<br />

estes sinais também alteram a conformação das integrinas da superfície das células e<br />

aumentam a afinidade das integrinas por seus ligantes. Os receptores das<br />

quimiocinas podem ser rapidamente regulados negativamente com a exposição à<br />

quimiocina, e este deve ser o provável mecanismo para o término das respostas.<br />

Diferentes combinações de receptores de quimiocinas são expressas em<br />

diferentes tipos de leucócitos, o que resulta em padrões distintos de<br />

migração dos leucócitos. Existem 10 receptores distintos para as quimiocinas CC<br />

(chamados de CCR1 ao CCR10), seis para as quimiocinas CXC (chamados de<br />

CXCR1 ao CXCR6) e um para CX3CL1 (chamado de CX3CR1) (Tabela 3-2). Os<br />

receptores de quimiocinas são expressos em todos os leucócitos, com o maior

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