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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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comensais no lúmen intestinal, prevenindo sua invasão e tolerando sua presença<br />

no lúmen, enquanto também identifica e responde aos organismos patogênicos<br />

numericamente raros.<br />

A imunidade inata no sistema gastrintestinal é mediada por células de revestimento<br />

da mucosa epitelial, que impedem a invasão microbiana a partir das junções de<br />

oclusão intercelulares, secreção de muco e produção de moléculas<br />

antimicrobianas, tais como defensinas. Células efetoras imunes inatas na lâmina<br />

própria incluem macrófagos, células dendríticas e mastócitos. Os linfócitos<br />

intraepiteliais, incluindo as células T γδ, fornecem a defesa contra microrganismos<br />

comumente encontrados na barreira epitelial do intestino.<br />

O sistema imune adaptativo no trato intestinal inclui conjuntos subepiteliais de tecido<br />

linfoide denominados tecidos linfoides associados ao intestino (GALT), tais como as<br />

tonsilas orofaríngeas, as placas de Peyer no íleo e estruturas similares no cólon. As<br />

células M no revestimento epitelial expõem os antígenos no lúmen e os<br />

transportam para as células apresentadoras de antígeno no GALT. As células<br />

dendríticas da lâmina própria estendem projeções citoplasmáticas através das<br />

células de revestimento epitelial do intestino entrando em contato com antígenos<br />

luminais. Existem também linfócitos efetores difusos na lâmina própria do intestino e<br />

nos linfonodos mesentéricos.<br />

Os linfócitos B e T, que se diferenciam a partir das células T imaturas no GALT ou nos<br />

linfonodos mesentéricos, entram na circulação e seletivamente migram de volta<br />

para a lâmina própria do intestino.<br />

A imunidade humoral no trato gastrintestinal é dominada pela secreção de IgA para o<br />

lúmen, onde os anticorpos neutralizam potenciais patógenos invasores. As células<br />

B no GALT e nos linfonodos mesentéricos diferenciam-se em plasmócitos<br />

secretores de IgA, por meio de mecanismos dependentes e independentes de<br />

células T; e os plasmócitos migram para a lâmina própria abaixo da barreira<br />

epitelial e secretam IgA. A IgA dimerizada é transportada através do epitélio pelo<br />

receptor poli-Ig e liberada para o lúmen. Ela também é secretada no leite materno,<br />

sendo responsável por mediar a imunidade passiva no intestino de bebês<br />

lactentes.<br />

As células TH17 no trato intestinal secretam IL-17 e IL-22, que aumentam a função de<br />

barreira epitelial. As células TH2 são importantes na defesa contra parasitas<br />

intestinais. Alterações na flora bacteriana influenciam o balanço entre diferentes<br />

respostas das subpopulações de células T auxiliares, tanto no intestino quanto<br />

sistemicamente.<br />

As respostas imunes a organismos comensais e a antígenos alimentares no lúmen<br />

do trato intestinal são minimizadas por uma expressão seletiva de receptores de<br />

reconhecimento de padrões moleculares no citoplasma e nas superfícies<br />

basolaterais das células de revestimento epitelial, além da geração de células T<br />

regulatórias que suprimem as respostas imunes adaptativas. TGF-β, IL-10 e IL-2

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