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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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(Caps. 13 e 16); os anticorpos IgE também medeiam as reações de<br />

hipersensibilidade imediata (alergias) (Cap. 20). Os helmintos provavelmente<br />

influenciam a diferenciação de células TFH e induzem as células T auxiliares a<br />

produzir citocinas do tipo TH2 durante a reação do centro germinativo.<br />

Além disso, as células B em diferentes locais anatômicos mudam para diferentes<br />

isotipos, em parte por causa das citocinas localmente produzidas. Especificamente,<br />

as células B em tecidos de mucosa mudam para IgA, que é a classe de anticorpos<br />

mais eficientemente transportada através de epitélios para as secreções mucosas,<br />

onde participa da defesa contra os microrganismos que tentam entrar através dos<br />

epitélios (Cap. 14). A mudança para IgA é estimulada pelo fator transformante de<br />

crescimento-β (TGF-β), produzido por muitos tipos celulares, incluindo células T<br />

auxiliares, na mucosa e em outros tecidos. As citocinas da família do TNF, BAFF e<br />

APRIL, também estimulam a mudança para IgA. Como essas citocinas são<br />

produzidas por células mieloides, elas podem estimular respostas de IgA na ausência<br />

da ajuda de células T. Alguns indivíduos que herdam variantes mutantes do gene<br />

TACI, que codifica um receptor para essas citocinas, apresentam uma deficiência<br />

selectiva de IgA (Cap. 21).<br />

Os sinais do CD40 trabalham em conjunto com as citocinas para induzir a<br />

troca de isotipo. A ligação do CD40 induz a enzima deaminase induzida por<br />

ativação (AID, do inglês, Activation-induced Deaminase) que, como veremos<br />

mais adiante, é crucial tanto para troca de isotipo como da maturação de<br />

afinidade. A exigência de sinalização do CD40 e da AID para promover a troca de<br />

isotipo em células B foi bem documentada graças à análise de camundongos e<br />

humanos com deficiências em CD40, do ligante de CD40 ou de AID. Em todos esses<br />

casos, a resposta de anticorpos a antígenos proteicos é dominada por anticorpos IgM<br />

e há troca limitada para outros isotipos.<br />

O mecanismo molecular da troca de isotipo é um processo chamado de<br />

recombinação de troca, no qual o DNA da cadeia pesada de Ig em células B é<br />

cortado e recombinado de modo que um éxon VDJ previamente formado, que<br />

codifica o domínio V, é posto em uma posição adjacente a uma região C<br />

subsequente e o DNA intercalado entre essas regiões é excluído (Fig. 12-15).<br />

Esses eventos de recombinação de DNA envolvem sequências de nucleotídeos<br />

denominadas de regiões de troca, que estão localizadas nos íntrons entre os<br />

segmentos J e C, nas extremidades 5’ de cada lócus CH, com exceção do gene δ.<br />

As regiões de troca possuem um comprimento de 1 a 10 kilobases, numerosas<br />

repetições em série de sequências de DNA ricas em GC e são encontradas na<br />

porção inicial de todos os genes da cadeia pesada. A porção inicial de cada região<br />

de troca é um pequeno éxon chamado de éxon I (iniciador de transcrição), precedido<br />

por uma região I, promotora. Os sinais das citocinas e do CD40 induzem a transcrição<br />

de uma determinada região I promotora lendo um éxon I, a região de troca e éxons<br />

CH adjacentes. Estes transcritos são conhecidos como transcritos da linha

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