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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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icos em leucina causa interações físicas entre as moléculas do TLR e a formação de<br />

dímeros de TLR. O repertório de especificidades do sistema TLR é estendido pela<br />

habilidade dos TLRs de heterodimerizar um com o outro. Por exemplo, dímeros de<br />

TLR2 e TLR6 são necessários para respostas ao peptidoglicano.<br />

Especificidades dos TLRs também são influenciadas por várias moléculas não TLR<br />

acessórias. Isso é mais bem definido para a resposta do TLR4 ao LPS. O LPS<br />

primeiro se liga à proteína solúvel de ligação do LPS no sangue ou fluido extracelular,<br />

e este complexo serve para facilitar a distribuição do LPS para a superfície da célula<br />

respondedora. Uma proteína extracelular denominada MD2 (do inglês myeloid<br />

differentiation protein 2) se liga ao componente lipídio A do LPS, formando um<br />

complexo que, então, interage com o TLR4 e inicia a sinalização. Outra proteína<br />

denominada CD14 também é necessária para uma sinalização eficiente induzida<br />

pelo LPS. O CD14 é expresso pela maioria das células (exceto células endoteliais)<br />

como uma proteína solúvel ou uma proteína de membrana ligada ao<br />

glicofosfatidilinositol. Ambos CD14 e MD2 também podem se associar a outros TLRs.<br />

Assim, combinações diferentes de moléculas acessórias nos complexos TLR podem<br />

servir para ampliar a quantidade de produtos microbianos que podem induzir<br />

respostas imunes inatas.<br />

Os TLRs são encontrados na superfície celular e nas membranas<br />

intracelulares e são, então, capazes de reconhecer microrganismos em<br />

diferentes localizações celulares (Fig. 4-2). Os TLRs 1, 2, 4, 5 e 6 são expressos<br />

na membrana plasmática, onde eles reconhecem vários PAMPs no meio ambiente<br />

extracelular. Alguns dos estímulos microbianos mais potentes para as respostas<br />

imunes inatas se ligam a esses TLRs da membrana plasmática, tais como LPS<br />

bacteriano e ácido lipoteitoico, que são reconhecidos pelos TLRs 4 e 2,<br />

respectivamente. Em contrapartida, os TLRs 3, 7, 8 e 9 são expressos principalmente<br />

dentro das células no retículo endoplasmático e nas membranas endossomais, onde<br />

eles detectam vários ligantes ácidos nucleicos diferentes que são típicos dos<br />

microrganismos, mas não mamíferos, como discutido anteriormente (Fig. 4-2). Estes<br />

incluem RNA de dupla fita, que se liga ao TLR3, e motivos de CpG não metilados, que<br />

se ligam ao TLR9. TLR7 e TLR8 reconhecem RNA de fita simples, e TLR9 reconhece<br />

DNA de fita simples ou fita dupla; esses ácidos nucleicos ligantes não são únicos aos<br />

microrganismos, mas suas localizações nos endossomas provavelmente refletem a<br />

origem dos micror- ganismos. Isso ocorre porque o RNA e o DNA da célula do<br />

hospedeiro normalmente não estão presentes nos endossomas, mas RNA e DNA<br />

microbianos podem terminar em endossomas de neutrófilos, macrófagos ou células<br />

dendríticas quando os microrganismos são fagocitados por essas células. Então, os<br />

TLRs endossomais podem distinguir ácidos nucleicos de células normais dos ácidos<br />

nucleicos microbianos com base na localização celular destas moléculas. Uma<br />

proteína no retículo endoplasmático chamada de UNC-93B é necessária para a<br />

localização endossomal e o funcionamento apropriado dos TLRs 3, 7, 8 e 9. Uma

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