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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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anticorpos valiosos reagentes para a detecção, purificação e quantificação dos<br />

antígenos. Pelo fato de os anticorpos poderem ser produzidos contra virtualmente<br />

qualquer tipo de macromoléculas e pequenas moléculas químicas, as técnicas<br />

baseadas em anticorpos podem ser usadas para estudar virtualmente qualquer tipo<br />

de molécula em solução ou nas células. O método para a produção de anticorpos<br />

monoclonais (Cap. 5) aumentou significativamente nossa habilidade em gerar<br />

anticorpos de quase qualquer especificidade desejada. Historicamente, muitos dos<br />

usos dos anticorpos dependiam da habilidade do anticorpo e da especificidade do<br />

antígeno em formar grandes imunocomplexos, ou em solução ou em géis, que<br />

pudessem ser detectados por vários métodos óticos. Estes métodos foram de grande<br />

importância nos estudos iniciais, mas atualmente foram substituídos quase que<br />

completamente por métodos mais simples baseados em anticorpos ou antígenos<br />

imobilizados.<br />

Quantificação de Antígeno por Imunoensaios<br />

Métodos imunológicos de quantificação da concentração de antígeno fornecem<br />

sensibilidade e especificidade extraordinárias e se tornaram técnicas-padrão para<br />

ambas as pesquisas e aplicações clínicas. Todos os métodos imunoquímicos de<br />

quantificação são baseados em ter um antígeno ou anticorpo puro cujas quantidades<br />

podem ser medidas por uma molécula indicadora (ou um marcador). Quando o<br />

antígeno ou anticorpo é marcado com um radioisótopo, como primeiramente<br />

introduzido por Rosalyn Yalow et al., ele pode ser quantificado por instrumentos que<br />

detectam os eventos de decaimento radioativo; o ensaio é denominado<br />

radioimunoensaio (RIA, do inglês radioimmunoassay). Quando o antígeno ou<br />

anticorpo é acoplado covalentemente a uma enzima, ele pode ser quantificado pela<br />

determinação, com um espectrofotômetro, da taxa na qual a enzima converte um<br />

substrato límpido em um produto colorido; o ensaio é denominado ensaio<br />

imunossorvente ligado à enzima (ELISA, do inglês enzyme-linked<br />

immunosorbent). Existem várias variações no RIA e no ELISA, porém a versão mais<br />

comumente utilizada é o ensaio em sanduíche (Fig. A-1). Este ensaio usa dois<br />

anticorpos diferentes reativos com diferentes epítopos em um antígeno cuja<br />

concentração necessita ser determinada. Uma quantidade fixa de um anticorpo é<br />

ligada a uma série de réplicas em suporte sólido, tais como placas plásticas de<br />

micropoços. As soluções de teste contendo o antígeno em concentração<br />

desconhecida ou uma série de soluções-padrão com concentrações conhecidas do<br />

anticorpo são adicionadas aos poços e deixadas aderir. O antígeno não ligado é<br />

removido por lavagem, e um anticorpo secundário, que é uma enzima ligada ou<br />

radiomarcada, é adicionado também para aderir. O antígeno serve como uma ponte,<br />

de tal forma que quanto mais antígeno houver em solução ou nas soluções-padrão,<br />

mais enzima ligada ou anticorpo secundário radiomarcado irá se ligar. Os resultados

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