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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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Tabela 13-2<br />

Funções dos Isotipos de Anticorpos<br />

Isotipo de Anticorpos Funções Efetoras Específicas do Isotipo<br />

IgG<br />

Opsonização de antígenos para fagocitose por macrófagos e neutrófilos<br />

Ativação da via clássica do complemento<br />

Citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos mediada por célula natural killer<br />

Imunidade neonatal: transferência de anticorpos maternos através da placenta e do intestino<br />

Inibição da ativação da célula B por retroalimentação<br />

IgM<br />

Ativação da via clássica do complemento<br />

Receptor de antígeno de linfócitos B virgens*<br />

IgA<br />

IgE<br />

IgD<br />

Imunidade de mucosa: secreção de IgA para o lúmen dos tratos gastrintestinal e respiratório<br />

Desgranulação de mastócitos (reações de hipersensibilidade imediata)<br />

Receptor de antígeno de linfócitos B virgens*<br />

* Essas funções são mediadas por anticorpos ligados à membrana e não secretados.<br />

• Apesar de muitas das funções efetoras dos anticorpos serem mediadas<br />

pelas regiões constantes da cadeia pesada da Ig, todas elas são<br />

desencadeadas pela ligação do antígeno às regiões variáveis. A ligação do<br />

anticorpo a um antígeno multivalente, como um polissacarídio ou um epítopo<br />

repetido sobre uma superfície microbiana, aproxima as regiões do Fc, e esse<br />

agrupamento de moléculas de anticorpo leva à ativação do complemento e<br />

possibilita que os anticorpos se liguem a receptores de Fc em fagócitos e os ative.<br />

A necessidade de ligação ao antígeno assegura que os anticorpos ativem diversos<br />

mecanismos efetores somente quando é preciso, ou seja, quando os anticorpos<br />

encontram e se ligam especificamente aos antígenos, não quando os anticorpos<br />

estão apenas circulando em sua forma livre de antígeno.<br />

Com essa introdução à imunidade humoral, iniciaremos a discussão das diversas<br />

funções dos anticorpos na defesa do hospedeiro.<br />

Neutralização de microrganismos e toxinas microbianas<br />

Os anticorpos contra microrganismos e toxinas microbianas bloqueiam a<br />

ligação desses agentes e suas toxinas aos receptores celulares (Fig. 13-2).<br />

Dessa maneira, os anticorpos inibem, ou neutralizam, a infectividade de<br />

microrganismos, bem como os potenciais efeitos lesivos das toxinas microbianas.<br />

Muitos microrganismos penetram nas células hospedeiras por meio da ligação de<br />

determinadas moléculas da superfície microbiana a proteínas ou lipídios de<br />

membrana presentes na superfície das células hospedeiras. Por exemplo, os vírus<br />

influenza usam a hemaglutinina de seu envelope para infectar as células epiteliais<br />

respiratórias e as bactérias Gram-negativas utilizam suas pilosidades para aderir e<br />

infectar uma variedade de células hospedeiras. Os anticorpos que se ligam a essas<br />

estruturas microbianas interferem na capacidade desses agentes de interagir com os

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