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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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doadores podem ser armazenados por até 72 horas antes de serem transplantados<br />

e os pacientes que necessitam de um aloenxerto renal podem ser mantidos em<br />

diálise até que um órgão bem compatível esteja disponível. No caso do transplante de<br />

coração e fígado, a preservação de órgãos é mais difícil e os potenciais receptores<br />

muitas vezes estão em estado crítico. Por estas razões, a tipagem do HLA não é<br />

considerada no pareamento de possíveis doadores e receptores e a escolha do<br />

doador e do receptor baseia-se na compatibilidade do grupo sanguíneo ABO, em<br />

outras medidas de compatibilidade imunológica descritas mais adiante e na<br />

compatibilidade anatômica. A escassez de doadores de coração, a emergente<br />

necessidade de transplante, e o sucesso da imunossupressão superam o possível<br />

benefício da redução da incompatibilidade de HLA entre doador e receptor. Como<br />

será discutido mais adiante, em transplantes de medula óssea, a compatibilidade de<br />

HLA é essencial para reduzir o risco de doença do enxerto versus hospedeiro.<br />

A maioria das determinações haplotípicas HLA agora é realizada pela reação em<br />

cadeia da polimerase (PCR), substituindo métodos sorológicos mais velhos. Os<br />

genes do MHC podem ser amplificados pelo método do PCR com utilização de<br />

iniciadores que se ligam às sequências nas posições 5’ e 3’ não polimórficas dos<br />

éxons que codificam as regiões polimórficas das moléculas do MHC de classe I e<br />

classe II. O segmento de DNA amplificado pode então ser sequenciado. Assim, a<br />

verdadeira sequência de nucleotídeos e consequentemente a sequência de<br />

aminoácidos prevista, pode ser determinada diretamente para os alelos de MHC de<br />

qualquer célula, fornecendo uma tipagem molecular precisa do tecido. Com base<br />

nesses esforços de sequenciamento do DNA, a nomenclatura dos alelos HLA mudou<br />

para refletir a identificação de diversos alelos não distinguidos pelos métodos<br />

serológicos anteriores. Cada alelo definido pela sequência tem pelo menos um<br />

número de quatro dígitos, mas alguns alelos requerem seis ou oito dígitos para uma<br />

definição precisa. Os primeiros dois dígitos geralmente correspondem ao alotipo mais<br />

velho definido sorologicamente e o terceiro e quarto dígitos indicam os subtipos. Os<br />

alelos com diferenças nos quatro primeiros dígitos codificam proteínas com diferentes<br />

aminoácidos. Por exemplo, HLA-DRB1*1301 é o alelo 01 definido pela sequência da<br />

família serologicamente definida HLA-DR13 de genes que codificam a proteína β1<br />

HLA-DR.<br />

Os pacientes com necessidade de aloenxertos são também testados para a<br />

presença de anticorpos pré-formados contra as moléculas de MHC do doador<br />

ou outros antígenos da superfície celular. Dois tipos de testes são feitos para<br />

detectar esses anticorpos. No teste do painel de anticorpos reativos, os pacientes à<br />

espera do transplante de órgãos são testados quanto à presença de anticorpos<br />

reativo pré-formados contra moléculas HLA alogênicas prevalentes na população.<br />

Estes anticorpos, que podem ser produzidos como um resultado de gestações,<br />

transfusões ou transplantes anteriores, pode identificar o risco de rejeição vascular<br />

hiperaguda ou aguda. Pequenas quantidades de soro do doente são misturadas

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