10.02.2018 Views

Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Alguns subgrupos de linfócitos efetores chegam preferencialmente a um local em<br />

particular, tais como pele ou intestinos (Cap. 14). A existência de diferentes padrões<br />

de adesão garante que diferentes subgrupos de linfócitos serão distribuídos para os<br />

microambientes teciduais em que são necessários para combater diferentes tipos de<br />

microrganismos e não, desperdiçados, em locais onde não teriam nenhum propósito.<br />

Na seção a seguir, descreveremos os mecanismos e vias de recirculação e adesão<br />

de linfócitos. Nossa discussão enfatiza as células T porque sabe-se mais sobre seu<br />

movimento através dos tecidos do que é conhecido sobre a recirculação da célula B,<br />

porém muitos mecanismos parecem se aplicar a ambos os tipos celulares.<br />

Recirculação de Linfócitos Naïve entre o Sangue e<br />

Órgãos Linfoides Secundários<br />

A recirculação do linfócito T depende de mecanismos que controlam a entrada das<br />

células T naïve do sangue para os linfonodos, assim como sinais moleculares que<br />

controlam quando as células T naïve sairão dos nodos. Discutiremos estes dois<br />

mecanismos separadamente.<br />

Migração de Células T Naïve para os Linfonodos<br />

Os mecanismos de adesão que levam as células T naïve para os linfonodos são<br />

muito eficientes, resultando em um fluxo de linfócitos através dos linfonodos de até<br />

25 × 10 9 células a cada dia. Em média, cada linfócito passa através de um nodo uma<br />

vez ao dia. A inflamação em tecido periférico, o que normalmente acompanha as<br />

infecções, causa um aumento significativo no fluxo sanguíneo para os linfonodos<br />

drenando o local da inflamação. Ao mesmo tempo, a saída das células T para os<br />

linfáticos eferentes é transientemente reduzida por mecanismos que discutiremos<br />

posteriormente, de tal forma que as células T permanecem nos linfonodos que<br />

drenam os locais de inflamação por tempo maior do que em outros linfonodos.<br />

Antígenos proteicos estão concentrados nos linfonodos e outros órgãos linfoides<br />

secundários, onde eles são apresentados às células T pelas células dendríticas, o<br />

tipo de célula apresentadora de antígeno que é mais capaz de iniciar as respostas<br />

das células T naïve (Cap. 6). Assim, o movimento e retenção transiente das células T<br />

naïve nos órgãos linfoides secundários, juntamente à captura e concentração de<br />

antígeno, maximizam as chances da ativação da célula T e início de uma resposta<br />

imune adaptativa.<br />

A adesão das células T naïve nos linfonodos e tecidos linfoides<br />

associados à mucosa ocorre através de vênulas pós-capilares especializadas<br />

chamadas de vênulas endoteliais altas (HEVs) localizadas nas zonas da<br />

célula T. Os linfócitos T naïve são distribuídos aos tecidos linfoides secundários<br />

através do fluxo sanguíneo arterial, e eles deixam a circulação e migram para o

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!