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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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local de infecção ou lesão tecidual. O recrutamento de monócitos segue horas depois<br />

e continua, talvez por dias, após a parada no recrutamento dos neutrófilos. Além<br />

disso, em alguns locais inflamatórios, os neutrófilos não são recrutados, mas os<br />

monócitos o são. Estes diferentes comportamentos migratórios provavelmente refletem<br />

variações na expressão relativa de moléculas de adesão e receptores de<br />

quimiocinas nos neutrófilos versus monócitos. Os neutrófilos expressam CXCR1 e<br />

CXCR2, que se ligam a múltiplas famílias GRO de quimiocinas, incluindo CXCL8 (IL-<br />

8), a principal quimiocina que suporta a migração dos neutrófilos para os tecidos<br />

(Tabela 3-2). O recrutamento precoce dos neutrófilos é uma consequência da<br />

produção precoce e abundante de CXCL8 pelos macrófagos residentes nos tecidos<br />

em resposta às infecções. Contrapondo-se aos neutrófilos, os monócitos clássicos,<br />

que são o principal tipo de monócito recrutado para os locais inflamatórios,<br />

expressam CCR2. Este receptor se liga a várias quimiocinas, a mais importante para<br />

o recrutamento do monócito sendo a CCL2 (MCP-1). Assim, o recrutamento do<br />

monócito ocorre quando as células teciduais residentes expressam CCL2 em<br />

resposta à infecção. Os monócitos não clássicos perdem o CCR2, mas expressam o<br />

CX3CR1. O ligante deste receptor, CX3CR1 (também chamado de fractalquina), é<br />

expresso em ambas as formas solúvel e como uma molécula ligada à membrana<br />

que pode suportar a adesão dos monócitos ao endotélio.<br />

Migração e recirculação de linfócitos T<br />

Os linfócitos estão continuamente se movendo através do sangue, vasos<br />

linfáticos, órgãos linfoides secundários e tecidos não linfoides periféricos, e<br />

populações distintas de linfócitos mostram diferentes padrões de tráfego<br />

através destes locais (Fig. 3-4). Quando as células T naïve maduras emergem do<br />

timo e entram no sangue, elas chegam aos linfonodos, ao baço ou aos tecidos<br />

linfoides mucosos e migram para as zonas de células T destes tecidos linfoides<br />

secundários. Se a célula T não reconhecer o antígeno nestes locais, ela permanece<br />

naïve e deixa os nodos ou tecidos mucosos através dos linfáticos e, eventualmente,<br />

drena de volta para a corrente sanguínea. Uma vez de volta ao sangue, a célula T<br />

naïve repete seu ciclo de chegada nos tecidos linfoides secundários. Este padrão<br />

dos linfócitos naïve, chamado de recirculação de linfócito, maximiza as chances de<br />

que pequeno número de linfócitos naïve que são específicos para um antígeno<br />

estranho em particular irá encontrar aquele antígeno se ele for apresentado em<br />

qualquer local do corpo. Os linfócitos que reconheceram e se tornaram ativados pelo<br />

antígeno dentro dos tecidos linfoides secundários proliferam e se diferenciam para<br />

produzir milhares de células efetoras e de memória. Os linfócitos efetores e de<br />

memória podem se mover de volta para a corrente sanguínea e, então, migrar para<br />

locais de infecção ou inflamação nos tecidos periféricos (não linfoide).

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