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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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ativação de ubiquitina ligases que degradam proteínas de<br />

sinalização. A célula T permanece viável, mas não é capaz<br />

de responder ao autoantígeno. CD, célula dendrítica.<br />

• A transdução de sinal induzida pelo TCR é bloqueada em células anérgicas.<br />

Os mecanismos deste sinal de bloqueio não são completamente conhecidos. Em<br />

diferentes modelos experimentais, atribui-se esse sinal à expressão diminuída de<br />

TCR (talvez em virtude da degradação aumentada; ver posteriormente) e ao<br />

recrutamento de moléculas inibitórias, como as tirosinofosfatases, para o complexo<br />

TCR.<br />

• O reconhecimento de autoantígenos pode ativar as ubiquitinas ligases<br />

celulares, que ubiquitinam as proteínas associadas ao TCR e as direcionam<br />

para a degradação proteolítica nos proteossomos ou lisossomos. O<br />

resultado final é a perda dessas moléculas de sinalização e ativação defeituosa<br />

das células T (Cap. 7, Fig. 7-22). Uma ubiquitina ligase importante para as células<br />

T é chamada de Cbl-b. Camundongos deficientes para a proteína Cbl-b mostram<br />

proliferação espontânea de células T e manifestações de autoimunidade,<br />

sugerindo que essa enzima está envolvida na manutenção da não responsividade<br />

da célula T aos autoantígenos. Ainda não se sabe por que o reconhecimento de<br />

autoantígenos (que ocorre tipicamente sem forte coestimulação) ativa essas<br />

ubiquitina ligases, enquanto antígenos externos que são reconhecidos com<br />

coestimulação as ativam muito menos, ou simplesmente não o fazem.<br />

• Quando as células T reconhecem autoantígenos, estas podem engajar<br />

receptores inibitórios da família CD28, cuja função é inibir as respostas da<br />

célula T. As funções dos receptores inibitórios de células T mais conhecidos<br />

encontram-se descritas na seção adiante.<br />

Regulação das Respostas das Células T por Receptores Inibitórios<br />

Introduziu-se anteriormente o conceito geral de que o resultado do reconhecimento<br />

do antígeno pelas células T, particularmente as células CD4 + , é determinado por um<br />

equilíbrio entre a atividade de receptores de ativação e de inibição. Embora tenham<br />

sido descritos muitos receptores de inibição, há dois destes cujos papéis fisiológicos<br />

estão mais bem estabelecidos na autotolerância: o CTLA-4 e o PD-1. Estudos sobre<br />

esses receptores inibitórios aumentaram o entendimento a respeito dos mecanismos<br />

de tolerância, levando a novas abordagens terapêuticas para a manipulação das<br />

respostas imunológicas. As funções e os mecanismos de ação desses receptores<br />

serão discutidos adiante.<br />

CTLA-4. O CTLA-4 é um membro da família de receptores CD28 (Fig. 9-5) e,<br />

assim como o receptor de ativação CD28, liga-se às moléculas B7. Explica-se a<br />

importância do CTLA-4 na indução da tolerância através do achado de que<br />

camundongos deficientes para CTLA-4 desenvolvem ativação descontrolada dos

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