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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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A cromatografia por imunoafinidade, uma variante da cromatografia por afinidade, é<br />

um método de purificação que se baseia nos anticorpos ligados a um suporte<br />

insolúvel para purificar antígenos a partir da solução (Fig. A-2, B). Anticorpos<br />

específicos para um antígeno desejado são tipicamente ligados covalentemente a um<br />

suporte sólido, tais como partículas de agarose, e empacotados dentro de uma<br />

coluna. Uma complexa mistura de antígenos é passada através das partículas para<br />

permitir que o antígeno que é reconhecido pelo anticorpo possa se ligar. Moléculas<br />

não ligadas são lavadas, e o antígeno ligado é eluído com a troca do pH ou pela<br />

exposição de muito sal ou outras condições caotróficas que quebram as interações<br />

antígeno-anticorpo. Um método similar pode ser usado para purificar anticorpos de<br />

sobrenadantes de culturas ou fluidos naturais, tais como soro, primeiramente com<br />

ligação do antígeno às partículas e passagem dos sobrenadantes ou soro.<br />

Western blotting<br />

O Western blotting (Fig. A-3) é usado para identificar e determinar a quantidade<br />

relativa e o peso molecular de uma proteína dentro de uma mistura de proteínas ou<br />

outras moléculas. A mistura é primeiramente submetida à separação analítica,<br />

tipicamente por SDS-PAGE, de tal forma que as posições finais de diferentes proteínas<br />

no gel ocorrem em função de seus tamanhos moleculares. A matriz de proteínas<br />

separadas é, então, transferida do gel de separação de poliacrilamida para um<br />

suporte de membrana por eletroforese, de maneira que a membrana adquire uma<br />

réplica do padrão das macromoléculas separadas e presentes no gel. O SDS é<br />

deslocado da proteína durante o processo de transferência, e os determinantes<br />

antigênicos nativos são frequentemente recuperados como dobras das proteínas. A<br />

posição do antígeno proteico na membrana pode, então, ser detectada com a ligação<br />

de um anticorpo não marcado específico para aquela proteína (o anticorpo primário)<br />

seguido por um anticorpo secundário marcado e que se liga ao anticorpo primário.<br />

Este procedimento fornece informações sobre o tamanho do antígeno e sua<br />

quantidade. Em geral, os marcadores dos anticorpos secundários são marcados<br />

com enzimas que geram sinais de quimioluminescência e deixam imagens em filme<br />

fotográfico. Fluoróforos de infravermelho também podem ser usados para marcar os<br />

anticorpos, e a luz produzida pela excitação do fluoróforo fornece uma quantificação<br />

do anticorpo mais apurada quando comparado com anticorpos secundários ligados<br />

à enzima. A sensibilidade e especificidade desta técnica podem ser aumentadas com<br />

uso de proteínas imunoprecipitadas em vez de misturas de proteínas brutas. Este<br />

procedimento sequencial é especialmente útil para a detecção de interações<br />

proteína-proteína. Por exemplo, a associação física de duas proteínas diferentes na<br />

membrana de um linfócito pode ser estabelecida pela imunoprecipitação de um<br />

extrato de membrana com uso de um anticorpo específico para uma das proteínas e<br />

marcação do Western blot do imunoprecipitado utilizando um anticorpo específico

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