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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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pela injeção do análogo de timidina bromodeoxiuridina (BrdU) em animais e<br />

coloração das células com anticorpo anti-BrdU para a identificação e enumeração<br />

dos núcleos que incorporaram o BrdU em seu DNA durante a replicação do DNA.<br />

Corantes fluorescentes podem ser usados para o estudo da proliferação das<br />

células T in vivo. As células T são primeiramente marcadas com ésteres fluorescentes<br />

lipofílicos quimicamente reativos e, então, transferidas para os animais experimentais.<br />

Os corantes entram nas células, formam ligações covalentes com proteínas<br />

citoplasmáticas e, então, não mais saem das células. Um corante deste tipo e<br />

comumente utilizado é o éster de succinimidil 5,6-carboxifluoresceína diacetato<br />

(CSFE), que pode ser detectado nas células por técnicas de citometria de fluxo<br />

padrão. Cada vez que uma célula T se divide, seu conteúdo de corante é reduzido à<br />

metade, sendo possível determinar se as células T transferidas presentes em tecidos<br />

linfoides de um camundongo recebedor se dividiram in vivo e estimar o número de<br />

duplicações pelo qual cada célula T passou.<br />

Os tetrâmeros peptídio-MHC são usados para enumerar células T com uma única<br />

especificidade antigênica isolados de sangue ou tecidos linfoides de animais<br />

experimentais ou humanos. Estes tetrâmeros contêm quatro dos complexos peptídio-<br />

MHC que a célula T pode normalmente reconhecer na superfície das APCs. O<br />

tetrâmero é feito pela produção de uma molécula de MHC de classe I na qual é ligada<br />

uma pequena molécula, denominada como biotina, com o uso de tecnologia de DNA<br />

recombinante. A biotina se liga com alta afinidade a uma proteína denominada<br />

avidina, e cada molécula de avidina se liga a quatro moléculas de biotina. Então, a<br />

avidina forma um substrato para montagem de quatro proteínas de MHC conjugadas<br />

com biotina. As moléculas de MHC podem ser carregadas com um peptídio de<br />

interesse e estabilizadas, e a molécula de avidina é marcada com um fluorocromo<br />

(p. ex., FITC). Este tetrâmero se liga a células T específicas para o complexo peptídio-<br />

MHC com avidez grande o suficiente para marcar as células T, mesmo em<br />

suspensão. Este método é o único procedimento viável para a identificação de células<br />

T antígeno-específicas, em humanos. Por exemplo, é possível identificar e enumerar<br />

as células T restritas para HLA-A2 e específicas para um peptídio de HIV com<br />

coloração das células sanguíneas com um tetrâmero de moléculas de HLA-A2<br />

carregadas com o peptídio. A mesma técnica tem sido utilizada para enumerar e<br />

isolar células T específicas para os próprios antígenos em indivíduos normais e em<br />

pacientes com doenças autoimunes. Tetrâmeros peptídio-MHC que se ligam a um<br />

TCR transgênico particular também podem ser usados para quantificar as células T<br />

transgênicas em diferentes tecidos após a transferência adotiva e estimulação do<br />

antígeno. Atualmente, a técnica é muito utilizada com moléculas de MHC de classe I;<br />

nas moléculas de classe I, somente um polipeptídio é polimórfico e moléculas estáveis<br />

podem ser produzidas in vitro. Isso é mais difícil para as moléculas de classe II<br />

porque ambas as cadeias são polimórficas e necessitam de uma montagem correta,<br />

mas os tetrâmeros de peptídios classe II também têm sido produzidos.

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