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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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danos pelo complemento e pelos CTLs. A base bioquímica desta mudança não é<br />

conhecida.<br />

• Os parasitas protozoários podem esconder-se do sistema imunológico por viver no<br />

interior das células do hospedeiro ou pelo desenvolvimento de cistos resistentes<br />

aos efetores imunológicos. Alguns parasitas helmínticos residem nos lumens<br />

intestinais e estão a salvo dos mecanismos imunológicos efetores mediados por<br />

células. Parasitas também podem expelir suas capas antigênicas<br />

espontaneamente ou após a ligação a anticorpos específicos. A disseminação de<br />

antígenos torna os parasitas resistentes a um ataque subsequente mediado por<br />

anticorpos. A Entamoeba histolytica é um parasita do grupo dos protozoários que<br />

lança antígenos e também pode se converter para uma forma de cisto no lúmen do<br />

intestino grosso.<br />

• Parasitas inibem a resposta imune do hospedeiro por múltiplos mecanismos. A<br />

anergia de células T aos antígenos do parasita tem sido observada em<br />

esquistossomose grave envolvendo o fígado e o baço e em infecções filariais. Os<br />

mecanismos de irresponsividade da resposta imunológica a essas infecções não<br />

são bem compreendidos. Na filariose linfática, a infecção de linfonodos com<br />

posterior ruptura da arquitetura podem contribuir para a imunodeficiência. Alguns<br />

parasitas, como Leishmania, estimulam o desenvolvimento das células T<br />

reguladoras, que suprimem a resposta imunológica o suficiente para permitir a<br />

persistência dos parasitas. Uma imunossupressão mais inespecífica e<br />

generalizada é observada na malária e na tripanossomíase africana. Esta<br />

imunodeficiência tem sido atribuída à produção de citocinas imunossupressoras<br />

por macrófagos ativados e células T e defeitos na ativação de células T.<br />

As consequências das infestações parasitárias para a saúde e desenvolvimento<br />

econômico são devastadoras. As tentativas de desenvolver vacinas eficazes contra<br />

essas infecções têm sido ativas por muitos anos. Embora o progresso tenha sido<br />

mais lento do que se poderia esperar, a elucidação dos mecanismos fundamentais<br />

das respostas imunológicas e a evasão imune por parasitas sustentam uma<br />

promessa para o futuro.<br />

Estratégias para o desenvolvimento de vacinas<br />

O nascimento da imunologia como ciência data da vacinação bem-sucedida contra a<br />

varíola realizada, em 1796, por Edward Jenner. A importância da imunização<br />

profilática contra doenças infecciosas é melhor ilustrada pelo fato de que programas<br />

mundiais de vacinação levaram à erradicação completa ou quase completa de muitas<br />

dessas doenças nos países desenvolvidos (Tabela 1-1). O princípio fundamental da<br />

vacinação é administrar uma forma morta ou atenuada de um agente infeccioso ou<br />

um componente de um microrganismo que não causa a doença, mas provoca uma<br />

resposta imune que fornece proteção contra a infecção pelo microrganismo

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