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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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tais como histamina e trombina, que podem ser produzidos durante várias reações<br />

inflamatórias. As citocinas estimulam a expressão endotelial de E-selectina, e<br />

outros mediadores induzem a expressão na superfície de P-selectina. Nos locais<br />

de inflamação, os vasos sanguíneos se dilatam e o fluxo sanguíneo fica mais lento.<br />

Como resultado, os leucócitos, sendo maiores do que as hemácias, tendem a se<br />

mover para fora do eixo axial central do fluxo e mais próximos do revestimento do<br />

vaso, um processo conhecido como marginação. Isso permite que os ligantes de<br />

E- e P-selectinas expressos nos microvilos dos leucócitos se liguem às selectinas<br />

nas células endoteliais. Pelo fato de as interações selectina-ligante de selectina<br />

serem de baixa afinidade (Kd ∼100 μm) com uma taxa de desligamento alta, elas<br />

são facilmente rompidas pela força de cisalhamento do sangue circulante. Como<br />

resultado, os leucócitos repetitivamente desligam e se ligam novamente e, assim,<br />

rolam ao longo da superfície endotelial. Esta lentificação dos leucócitos no<br />

endotélio permite que o próximo passo do estímulo no processo de várias fases<br />

aja nos leucócitos.<br />

• Aumento na afinidade das integrinas mediada pela quimiocina. As quimiocinas<br />

apresentadas nas células endoteliais das vênulas pós-capilares no local de uma<br />

infecção se ligam a seus receptores nos leucócitos em rolamento. Como discutido<br />

anteriormente, isso resulta em ligação mais forte das integrinas dos leucócitos a<br />

seus ligantes na superfície endotelial.<br />

• Adesão estável de leucócitos ao endotélio mediada pela integrina. Em<br />

paralelo à ativação das integrinas, a expressão de seus ligantes nas células<br />

endoteliais é regulada positivamente pelas citocinas inflamatórias e produtos<br />

microbianos nos locais de infecção. Estes ligantes incluem VCAM-1, que se liga à<br />

integrina VCLA-4, e ICAM-1, que se liga às integrinas LFA-1 e Mac-1. Assim, os<br />

leucócitos se ligam firmemente ao endotélio, seu citoesqueleto é reorganizado e<br />

eles se espalham para fora da superfície endotelial.<br />

• Transmigração de leucócitos através do endotélio. Mais frequentemente, os<br />

leucócitos transmigram entre as bordas das células endoteliais, um processo<br />

chamado de transmigração paracelular, para alcançar os tecidos extravasculares.<br />

A transmigração paracelular depende das integrinas nos leucócitos e seus ligantes<br />

nas células endoteliais, assim como outras proteínas, notavelmente a CD31, que é<br />

expressa nos leucócitos e células endoteliais. Este processo necessita de um<br />

rompimento transiente e reversível das proteínas das junções aderentes,<br />

primariamente o complexo VE-caderina, que mantém as células endoteliais juntas.<br />

O mecanismo responsável pelo rompimento do complexo VE-caderina envolve a<br />

ativação de quinases quando as integrinas do leucócito se ligam a ICAM-1 ou<br />

VCAM-1. As quinases fosforilam a cauda citoplasmática de VE-caderina e levam<br />

ao rompimento reversível dos complexos aderentes. Menos frequente, foi<br />

observado o movimento dos leucócitos através das células endoteliais em vez de<br />

entre elas, por um processo pouco compreendido e chamado de migração

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