10.02.2018 Views

Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

chamada de anticorpo humano anticamundongo (HAMA). Esses anticorpos Ig<br />

bloqueiam a função ou aumentam a eliminação do anticorpo monoclonal injetado e<br />

também podem causar um distúrbio denominado doença do soro (Cap. 19).<br />

Técnicas de engenharia genética têm sido usadas para expandir a utilidade dos<br />

anticorpos monoclonais. Os DNAs complementares (cDNAs) que codificam as<br />

cadeias polipeptídicas de um anticorpo monoclonal podem ser isolados de um<br />

hibridoma, e esses genes podem ser manipulados in vitro. Como discutido<br />

anteriormente, somente porções pequenas da molécula do anticorpo são<br />

responsáveis pela ligação ao antígeno; a molécula remanescente do anticorpo pode<br />

ser parte de uma malha. Esta organização estrutural permite que segmentos de DNA<br />

que codificam os locais de ligação do antígeno de um anticorpo monoclonal murino<br />

sejam inseridos no cDNA que codifica uma proteína de mieloma humano, criando um<br />

gene híbrido. Quando ele é expresso, a proteína híbrida resultante, que retém a<br />

especificidade antigênica do monoclonal murino original, mas tem a estrutura da Ig<br />

humana, é referida como um anticorpo humanizado. Anticorpos monoclonais<br />

humanos completos também são utilizados na clínica. Estes são derivados utilizando<br />

métodos de apresentação ou em camundongos com células B expressando<br />

transgenes humanos de Ig. Anticorpos humanizados são muito menos propensos do<br />

que monoclonais de camundongo a parecerem estranhos em humanos e induzir<br />

respostas antianticorpo. Entretanto, uma proporção de indivíduos que recebem<br />

anticorpos monoclonais completamente humanizados para terapia desenvolve<br />

anticorpos de bloqueio, por razões desconhecidas.<br />

Síntese, montagem e expressão das moléculas de Ig<br />

As cadeias pesadas e leves da imunoglobulina, assim como a maioria das proteínas<br />

secretadas e de membrana, são sintetizadas em ribossomas ligados à membrana no<br />

retículo endoplasmático rugoso. A proteína é translocada para o retículo<br />

endoplasmático, e as cadeias pesadas da Ig são N-glicosiladas durante o processo<br />

de translocação. A dobra apropriada das cadeias pesadas da Ig e sua montagem<br />

com as cadeias leves são reguladas por proteínas residentes no retículo<br />

endoplasmático chamadas de chaperones. Essas proteínas, que incluem a calnexina<br />

e a molécula BiP (proteína de ligação), se ligam a polipeptídios Ig recentemente<br />

sintetizados e garantem que eles sejam retidos ou alvo para a degradação, a menos<br />

que dobrem apropriadamente e se encaixem em moléculas de Ig completas. A<br />

associação covalente das cadeias pesadas e leves, estabilizada pela formação de<br />

pontes dissulfeto, é parte do processo de montagem e também ocorre no retículo<br />

endoplasmático. Após a montagem, as moléculas de Ig são liberadas dos<br />

chaperones, transportadas para a cisterna do complexo de Golgi em que<br />

carboidratos são modificados e, então, encaminhadas para a membrana plasmática<br />

em vesículas. Anticorpos da forma membranar são ancorados na membrana

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!