10.02.2018 Views

Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

produção aumentada da forma secretada de Ig relativa à forma membranar. Esta<br />

alteração ocorre no nível de processamento pós-translacional. A segunda mudança é<br />

a expressão de isotipos de cadeia pesada diferentes da IgM e IgG, chamados de<br />

troca de isotipos (ou classe) de cadeias pesadas. Mudanças na expressão do<br />

anticorpo que ocorrem após a ativação da célula B serão discutidas no Capítulo 12.<br />

Meia-vida dos Anticorpos<br />

A meia-vida dos anticorpos circulantes é uma medida de quanto tempo esses<br />

anticorpos permanecem no sangue após a secreção pelas células B (ou após a<br />

injeção, como no caso de um anticorpo administrado). A meia-vida é o tempo médio<br />

antes que o número de moléculas de anticorpo seja reduzido à metade. Diferentes<br />

isotipos de anticorpo têm meias-vidas muito diferentes na circulação (embora a IgE<br />

ligada à célula associada ao receptor de IgE de alta afinidade no mastócito tenha<br />

pequena meia-vida; consulte o Cap. 20). A IgA circulante possui meia-vida de cerca<br />

de 3 dias, e a IgM circulante tem meia-vida de aproximadamente 4 dias. Em<br />

contrapartida, as moléculas de IgG circulantes têm meia-vida de cerca de 21 a 28<br />

dias.<br />

A longa meia-vida da IgG é atribuída à sua habilidade em se ligar a um FcR<br />

específico chamado de receptor Fc neonatal (FcRn), que também está envolvido no<br />

transporte da IgG da circulação materna através da barreira placentária, bem como<br />

na transferência de IgG materna através do intestino nos neonatos. O FcRn se<br />

assemelha estruturalmente às moléculas de MHC de classe I (descritas no Cap. 6), e<br />

na placenta e no intestino de neonatos, ele move moléculas de IgG através das<br />

células sem transportá-las para os lisossomas. Em vertebrados adultos, o FcRn é<br />

encontrado na superfície das células endoteliais, macrófagos e outros tipos celulares<br />

e se liga à IgG micropinocitada nos endossomas acídicos. O FcRn não tem como<br />

alvo a IgG ligada aos lisossomas, mas recicla para a superfície celular e o libera em<br />

pH neutro, retornando a IgG para a circulação (Fig. 5-11). Este sequestro intracelular<br />

da IgG longe dos lisossomas a previne de ser rapidamente degradada, como ocorre<br />

como a maioria das outras proteínas séricas, incluindo outros isotipos de anticorpo, e<br />

como resultado, a IgG tem meia-vida relativamente longa. Existem diferenças nas<br />

meias-vidas de quatro isotipos de IgGs humanas. A IgG3 tem meia-vida relativamente<br />

curta porque se liga fracamente ao FcRn. A IgG1 e a IgG3 são as de meia-vida mais<br />

longa e mais eficientes em termos de funções efetoras, como será discutido no<br />

Capítulo 13.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!