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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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50% e 60%, com uma taxa de 90% para enxertos de doadores familiares vivos (que<br />

são mais compatíveis com os receptores). Desde que a ciclosporina, o FK506, a<br />

rapamicina, e MMF foram introduzidos, a taxa de sobrevivência em enxertos renais<br />

de doadores falecidos sem parentesco aumentou para cerca de 90% em 1 ano. Os<br />

transplantes de coração, para os quais o HLA compatível não é prático, também<br />

beneficiaram de forma significativa o uso de várias classes de fármacos<br />

imunossupressores revisados anteriormente e agora têm aproximadamente ∼ 90%<br />

de taxa de sobrevivência em 1 ano e ∼ 75% de taxa de sobrevida em 5 anos (Fig. 17-<br />

11). A experiência com outros órgãos é mais limitada, mas as taxas de sobrevivência<br />

também melhoraram com a terapia imunossupressora moderna, com taxas de<br />

sobrevida de pacientes de 10 anos de aproximadamente 60% e 75% para os<br />

receptores de pâncreas e fígado, respectivamente, e as taxas de sobrevivência de<br />

paciente de 3 anos de 70% para 80% para os receptores de pulmão.<br />

A forte imunossupressão é geralmente iniciada em receptores de aloenxertos no<br />

momento do transplante com uma combinação de fármacos e depois de alguns dias<br />

os fármacos são alterados para a manutenção a longo prazo de imunossupressão.<br />

Por exemplo, no caso de transplante de rim adulto, um paciente pode ser inicialmente<br />

induzido com um anticorpo anti-IL-2R ou anticélulas T e uma alta dosagem de<br />

corticosteroides e então mantido em um inibidor de calcineurina, um antimetabólito e<br />

talvez esteroides em doses baixas. A rejeição aguda, quando ocorre, é administrada<br />

pela rápida intensificação da terapia imunossupressora. Em transplantes modernos, a<br />

rejeição crônica tem se tornado uma causa mais comum de falha do enxerto, em<br />

especial no transplante cardíaco. A rejeição crônica é mais insidiosa que a rejeição<br />

aguda e é muito menos reversível pela imunossupressão.<br />

A terapia imunossupressora leva ao aumento da susceptibilidade para<br />

vários tipos de infecções intracelulares e os tumores associados a vírus. O<br />

principal objetivo da imunossupressão para tratar a rejeição do enxerto é reduzir a<br />

geração e função de células T auxiliares e dos CTLs, que medeiam a rejeição celular<br />

aguda. Não é de se estranhar, que consequentemente, a defesa contra vírus e outros<br />

agentes patogênicos intracelulares, a função fisiológica de células T, também esteja<br />

comprometida em transplantes de receptores imunossuprimidos. A reativação dos<br />

herpesvírus latentes é um problema frequente em pacientes imunodeprimidos,<br />

incluindo o citomegalovírus, o vírus herpes simples, varicela, o vírus zóster e o vírus de<br />

Epstein-Barr. Por esta razão, os receptores de transplante agora recebem a terapia<br />

antiviral profilática para infecções por vírus do herpes. Os pacientes transplantados<br />

imunossuprimidos também estão em maior risco de uma variedade das chamadas<br />

infecções oportunistas, que normalmente não ocorrem nas pessoas<br />

imunocompetentes, incluindo infecções fúngicas (Pneumocystis jiroveci pneumonia,<br />

histoplasmose, coccidioidomicose), infecções por protozoários (toxoplasmose) e<br />

infecções parasitárias gastrintestinais (Cryptosporidium e Microsporidium). Os<br />

receptores imunossuprimidos de aloenxertos têm um maior risco para o

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