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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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cânceres humanos comuns revelou que muitos tumores carregam um grande<br />

número de mutações específicas do tumor, sendo que a maioria envolve genes que<br />

não se acreditava estarem relacionados ao desenvolvimento e fenótipo maligno do<br />

tumor. Proteínas mutadas podem servir como antígenos do tumor se puderem ser<br />

ligadas a alelos do MHC do indivíduo afetado. Recentemente, tumores comuns e<br />

células normais pareadas de um mesmo indivíduo foram analisados para todas as<br />

possíveis mutações de codificação através de uma abordagem denominada Next<br />

Generation Sequencing. Tais análises levaram à identificação de peptídios específicos<br />

de tumores.<br />

Proteínas <strong>Celular</strong>es não Mutadas mas Anormalmente<br />

Expressadas<br />

Antígenos tumorais que induzem respostas imunes podem ser proteínas<br />

celulares normais, que são anormalmente expressadas nas células tumorais.<br />

Muitos destes antígenos foram identificados em tumores humanos, como nos<br />

melanomas, por clonagem molecular de antígenos reconhecidos pelas células T e de<br />

anticorpos de pacientes portadores de tumor. Uma das descobertas que surgiram a<br />

partir destes estudos foi a de que alguns antígenos tumorais são proteínas não<br />

mutadas produzidas em níveis baixos nas células normais e superexpressas nas<br />

células tumorais. Um desses antígenos é a tirosinase, uma enzima envolvida na<br />

biossíntese da melanina expressa nos melanócitos normais e nos melanomas. Tanto<br />

os clones de CTL CD8 + restritos ao MHC de classe I como os clones de células T<br />

CD4 + auxiliares restritos ao MHC de classe II de pacientes com melanoma<br />

reconhecem peptídios derivados da tirosinase. Assim, é surpreendente que esses<br />

pacientes sejam capazes de responder a um antígeno próprio normal. A explicação<br />

provável é de que a tirosinase é produzida normalmente em quantidades tão<br />

pequenas e em tão poucas células que não é reconhecida pelo sistema imune e não<br />

induz a tolerância. Portanto, o aumento da quantidade produzida pelas células do<br />

melanoma pode desencadear respostas imunes. A descoberta da resposta de<br />

células T específicas para tirosinase em pacientes aumenta a possibilidade de que as<br />

vacinas que incluam peptídios tirosinase possam estimular estas respostas contra os<br />

melanomas; ensaios clínicos com essas vacinas estão em andamento.<br />

Antígenos de câncer/testículos são proteínas expressas nos gametas e<br />

trofoblastos e em muitos tipos de cânceres, mas não nos tecidos somáticos<br />

normais. Os primeiros antígenos câncer/ testículos foram identificados por clonagem<br />

de genes de melanomas humanos que codificavam antígenos de proteínas celulares<br />

reconhecidos por clones de CTL específicos de melanoma derivados de pacientes<br />

portadores de melanoma. Estas foram denominadas proteínas MAGE e<br />

posteriormente descobriu-se que eram expressas em outros tumores além dos

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