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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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de microrganismos e outros antígenos particulados que são internalizados em<br />

fagossomas, mas escapam para o citosol. Alguns microrganismos são capazes de<br />

danificar membranas de fagossomas e criar poros através dos quais os<br />

microrganismos e os seus antígenos entram no citosol. Por exemplo, as linhagens<br />

patogênicas de Listeria monocytogenes produzem uma proteína chamada de<br />

listeriolisina que permite que as bactérias escapem de vesículas para o citosol. (Esta<br />

fuga é um mecanismo que as bactérias podem ter desenvolvido para resistir à morte<br />

pelos mecanismos microbicidas dos fagócitos, a maioria dos quais estão<br />

concentrados em fagolisossomas.) Uma vez que os antígenos dos microrganismos<br />

fagocitados estão no citosol, são processados como outros antígenos citossólicos.<br />

Nas células dendríticas, alguns antígenos ingeridos em vesículas entram na via<br />

citossólica da classe I, como parte do processo chamado de apresentação cruzada<br />

que será descrito posteriormente.<br />

Embora as proteínas microbianas apresentadas por moléculas do MHC da classe I<br />

sejam tipicamente citossólicas, as proteínas de outros compartimentos celulares<br />

também podem entrar na via de processamento de antígenos do MHC da classe I. As<br />

sequências de sinais da membrana e as proteínas secretadas são geralmente<br />

clivadas pela peptidase de sinal e degradadas proteoliticamente logo após a síntese e<br />

a translocação para o RE. Este processamento pelo RE dá origem a peptídios de<br />

ligação à classe I, sem a necessidade de proteólise no citosol. Adicionalmente, as<br />

proteínas nucleares podem ser processadas por proteassomas no núcleo e<br />

apresentadas em moléculas do MHC da classe I.<br />

Digestão de Proteínas em Proteassomas<br />

O mecanismo principal para a produção de peptídios a partir de proteínas<br />

antigênicas citossólicas e nucleares é a proteólise pelo proteassoma. Os<br />

proteassomas são grandes complexos enzimáticos multiproteicos com uma ampla<br />

faixa de atividade proteolítica encontrados no citoplasma e núcleo da maioria das<br />

células. O proteassoma é visualizado como um cilindro composto por um conjunto<br />

empilhado de dois anéis β interiores e dois anéis α exteriores, sendo cada anel<br />

composto por sete subunidades, com uma estrutura tipo tampa em cada extremidade<br />

do cilindro. As proteínas nos anéis α exteriores são estruturais e não possuem<br />

atividade proteolítica; nos anéis β interiores, três das sete subunidades (β1, β2, e β5)<br />

são os locais catalíticos para a proteólise.<br />

O proteassoma desempenha uma função de limpeza básica nas células<br />

degradando muitas proteínas danificadas ou mal dobradas. A síntese de proteínas<br />

normalmente ocorre em uma velocidade rápida, cerca de seis a oito resíduos de<br />

aminoácidos sendo incorporados na elongação de cadeias a cada segundo. O<br />

processo é propenso a erros, e estima-se que aproximadamente 20% de proteínas<br />

recentemente sintetizadas são erroneamente dobradas. Estes polipeptídios recémtraduzidos,<br />

mas defeituosos, bem como as proteínas danificadas por estresse celular,

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