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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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Se a célula T naïve é ativada pelo antígeno no linfonodo, a reexpressão do S1PR1<br />

é suprimida por vários dias e, assim, a habilidade das células em deixar o tecido<br />

linfoide em resposta a um gradiente de S1P é retardada. Esta supressão de S1PR1 é<br />

controlada em parte por citocinas chamadas de interferons de tipo I que são<br />

expressos durante as respostas imunes inatas às infecções, como abordaremos no<br />

Capítulo 4. Juntos, a estimulação antigênica e os interferons aumentam a expressão<br />

de uma proteína de membrana da célula T denominada CD69, que se liga ao S1PR1<br />

e reduz sua expressão na superfície celular. Então, a célula T ativada se torna<br />

transientemente insensível ao gradiente de S1P. Isso permite que as células T<br />

ativadas por antígeno permaneçam no órgão linfoide e sofram expansão clonal e<br />

diferenciação em células T efetoras, um processo que pode perdurar por vários dias.<br />

Quando a diferenciação em células efetoras está completa, as células perdem o<br />

CD69, reexpressam o S1PR1 e se tornam responsivas ao gradiente de concentração<br />

de S1P, que medeia a saída das células do linfonodo.<br />

O S1P e o S1PR1 também são necessários para que a célula T naïve madura saia<br />

do timo e migração das células B secretoras de anticorpo dos órgãos linfoides<br />

secundários.<br />

Nossa compreensão sobre o papel do S1P e do S1PR1 no trânsito da célula T é<br />

baseada em grande parte em estudos com um fármaco denominado fingolimod<br />

(FTY720), que se liga ao S1PR1 e causa sua regulação negativa na superfície da<br />

célula. O fingolimod bloqueia a saída da célula T dos órgãos linfoides e, desse modo,<br />

age como um fármaco imunossupressor. Ele está aprovado para o tratamento da<br />

esclerose múltipla, uma doença autoimune do sistema nervoso central, e existe<br />

grande interesse no uso do fingolimod e outros fármacos com um mecanismo de<br />

ação similar para tratar várias doenças autoimunes e rejeição a transplantes.<br />

Evidências experimentais adicionais para o papel central do S1P no trânsito da célula<br />

T naïve provêm de estudos com camundongos com ablação genética do S1PR1.<br />

Nestes camundongos, existe uma falha das células T em saírem do timo e popularem<br />

os órgãos linfoides secundários. Se as células T naïve de camundongos knockout<br />

em S1PR1 são injetadas na circulação de outro camundongo, as células entram nos<br />

linfonodos, mas são incapazes de sair.<br />

Recirculação de Células Através de outros Tecidos<br />

Linfoides<br />

A chegada da célula T naïve aos tecidos linfoides associados ao intestino, incluindo<br />

placas de Peyer e linfonodos mesentéricos, é fundamentalmente similar à chegada a<br />

outros linfonodos e invoca interações das células T com as HEVs. Como em outros<br />

tecidos, essas interações são mediadas por selectinas, integrinas e quimiocinas. Uma<br />

característica particular da chegada da célula T naïve aos linfonodos periféricos e às<br />

placas de Peyer é a contribuição da molécula MadCAM-1 da superfamília de Ig

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