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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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ecombinase irá mediar a deleção do gene-alvo. Ambas as sequências de gene<br />

normal e de gene de resistência à neomicina serão deletadas. Ressalta-se que a<br />

expressão do gene cre, e assim a deleção do gene-alvo, pode ser restrita a certos<br />

tecidos ou tempos especificados com o uso de construções de transgene cre com<br />

diferentes promotores. Por exemplo, a deleção seletiva de um gene somente em<br />

macrófagos e granulócitos pode ser acompanhada pelo uso de camundongo<br />

transgênico em cre no qual cre é direcionado pelo promotor lisozima, ou a perda<br />

seletiva de um gene somente nas células T regulatórias pode ser acompanhada<br />

usando o promotor foxp3 que direciona o transgene cre. Alternativamente, um<br />

promotor induzido por esteroide pode ser usado de forma que a expressão de Cre e<br />

subsequente deleção do gene ocorram somente após os camundongos receberem<br />

uma dose de dexametasona. Muitas outras variações nesta tecnologia foram<br />

desenvolvidas para criar mutantes condicionais. A tecnologia Cre/loxP também pode<br />

ser usada para criar camundongos knockin. Neste caso, os locais loxP são<br />

colocados no vetor-alvo para flanquear o gene de resistência à neomicina e as<br />

sequências homólogas, mas eles não flanqueiam a substituição (knockin) de<br />

sequências de genes. Dessa maneira, após a deleção mediada por cre, o gene<br />

exógeno permanece no genoma no local alvo.<br />

A tecnologia de gene knock in tem sido aplicada para criar camundongos<br />

“repórteres” nos quais as células que normalmente expressariam uma proteína em<br />

particular expressam uma molécula fluorescente no mesmo local de uma proteína<br />

nativa. Isso é realizado com a substituição do gene nativo por um transgene que<br />

codifica uma proteína repórter fluorescente e a proteína nativa, ambas sob o controle<br />

do promotor e amplificador nativos. Os camundongos “repórteres” foram<br />

desenvolvidos para permitir a visualização de células imunes de subgrupos<br />

particulares in vivo, tais como camundongos nos quais as células Th17 produtoras de<br />

IL-17 também expressam uma proteína fluorescente. Estas células podem ser<br />

detectadas utilizando-se microscópio de fluorescência intravital. As células que<br />

expressam os genes “repórteres” também podem ser isoladas vivas e submetidas a<br />

estudos funcionais ex vivo, mesmo que o gene “repórter” nativo seja um fator de<br />

transcrição nuclear cuja expressão poderia ser somente detectável por métodos que<br />

matam as células. Por exemplo, células T regulatórias vivas podem ser isoladas por<br />

FACS a partir de linfonodos de um camundongo “repórter” que expressa a proteína<br />

verde fluorescente simultaneamente com o fator de transcrição FoxP3.<br />

Uma nova abordagem para gerar mutações nas linhagens celulares, assim como<br />

nas células ES, utiliza uma modificação do sistema de defesa bacteriano contra DNA<br />

estranho denominada sistema CRISPR (repetições palindrômicas curtas de<br />

interespaços regularmente agrupados, do inglês clustered regularly interspaced<br />

short palindromic repeats) Cas9 (nuclease 9 associada a CRISPR). Na variação da<br />

edição do gene, um guia de RNA hibridiza com uma sequência de DNA alvo<br />

escolhida e permite que a Cas9 nuclease gere uma quebra da fita dupla escolhida.

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