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Abbas 8ed - Imunologia Celular e Molecular

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A imunidade humoral protetora nas vias aéreas é dominada pela IgA secretória, como<br />

em outros tecidos mucosos, embora a quantidade de IgA secretada seja muito menor<br />

do que no trato gastrintestinal. A IgA secretória tem um papel importante nas vias<br />

aéreas superiores. Os locais anatômicos de ativação e diferenciação de células B<br />

imaturas, bem como de troca de classe para IgA podem variar, mas incluem as<br />

tonsilas e adenoides na nasofaringe e os linfonodos no mediastino e adjacentes aos<br />

brônquios nos pulmões. Existem relativamente poucos folículos linfoides agregados<br />

ou isolados na lâmina própria das vias aéreas inferiores, se comparados ao intestino,<br />

e provavelmente menos respostas imunes humorais iniciadas nesses locais. O<br />

retorno de plasmócitos secretores de IgA para os tecidos das vias aéreas próximas<br />

ao epitélio da mucosa respiratória depende da quimiocina CCL28 secretada pelo<br />

epitélio respiratório e da expressão de seu receptor CCR10 nos plasmócitos. A IgA e a<br />

IgG são transportadas para o lúmen das vias aéreas pelo mesmo mecanismo de<br />

receptor poli-Ig e de FcRn de transporte transcelular observado no intestino. As<br />

respostas de IgE aos antígenos das vias aéreas ocorrem frequentemente e estão<br />

envolvidas em doenças alérgicas do sistema respiratório, incluindo febre do feno e<br />

asma. A IgE realiza suas funções efetoras inflamatórias quando ligada aos mastócitos,<br />

que são abundantes nas vias aéreas.<br />

As respostas de células T no pulmão são iniciadas pela exposição de antígenos<br />

das vias aéreas às células dendríticas e apresentação desses antígenos às células T<br />

imaturas nos linfonodos peribrônquicos e do mediastino. Uma rede de células<br />

dendríticas está presente na mucosa das vias aéreas, sendo que um subtipo dessas<br />

células dendríticas brônquicas projeta seus dendritos entre as células epiteliais<br />

brônquicas para o lúmen das vias aéreas. Essas células dendríticas reconhecem os<br />

antígenos das vias aéreas, migram para os linfonodos drenantes, apresentam os<br />

antígenos processados às células T imaturas e têm a propensão de orientar a<br />

diferenciação dessas células T para a subpopulação TH2. As células TH2 retornam<br />

para a mucosa brônquica, onde podem ser reativadas por alérgenos apresentados<br />

pelas células dendríticas na lâmina própria. Essa via é considerada central para o<br />

desenvolvimento de asma alérgica (Cap. 20). Outras células dendríticas são<br />

encontradas na lâmina própria abaixo das células epiteliais.<br />

Imunidade no Sistema Geniturinário<br />

A defesa imune inata contra invasão e infecção microbiana na mucosa geniturinária<br />

depende principalmente do revestimento epitelial, como em outras barreiras mucosas.<br />

O epitélio escamoso estratificado reveste a mucosa vaginal e a uretra terminal<br />

masculina, além de uma única camada de epitélio colunar secretor de muco no trato<br />

genital superior feminino. O epitélio vaginal contém células de Langerhans e uma<br />

variedade de células dendríticas e macrófagos localizados abaixo do epitélio vaginal,<br />

endocérvix e uretra. Também existem células B e células T residentes na mucosa

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